O nome Jaguaruna é uma adaptação da palavra Tupi-guarani "îagûarauna", que por sua vez deriva da junção entre a palavra "îagûara" que significa "onça" ou "jaguar", e a palavra "una" significa "preto/preta". Portanto Jaguaruna significa "Jaguar preto/onça-preta".[6][7] Em 1804, a sesmaria que nomeou o lugar já possuía este nome.
História
A região onde hoje é Jaguaruna no período Pré Colonial, antes das colonização europeia, foi palco de grande exploração dos povos sambaquieiros, que entre 4500 anos a 2000 anos antes do presente construíram um grande território com sambaquis na região,[8][9] incluindo gigantescos sambaquis que estão entre os maiores do Brasil e do mundo.[10][11][12] Posteriormente o território foi ocupado pelos índios carijós.[9]
A partir do século XVIII o litoral catarinense passou a ser explorado de forma mais intensa por colonizadores vicentistas e colonizadores açorianos, não havendo no entanto, registos oficiais neste período sobre a colonização direta por estes personagens no territorio onde hoje é Jaguaruna.[13]
Apenas para o ano de 1867 é considerada fundação oficial do município,[13] documentada através de documentos oficiais, quando o Coronel Luiz Francisco Pereira se dirigiu com sua família para o território onde hoje é Jaguaruna,[13] a fim de receber a concessão de sesmaria, como "primeiro habitante" da região, uma vez que, as terras do município de Palhoça, de onde procedia, eram pouco férteis o que o incentivou a deslocar-se. Em 1869, chegaram Joaquim Marques, Francisco Rebelo e Manoel Marques, atraídos, também, pela fertilidade das terras. A exuberância das terras fez com que os colonizadores a denominassem de Campo Bom. Não tardou, foi substituído pelo atual Jaguaruna, em virtude do aparecimento de um jaguar preto onde hoje é a sede municipal. Os primeiros exploradores encontraram índios esparsos, misteriosamente desaparecidos nos primeiros anos.[carece de fontes?] Em 1875, foi construído o primeiro templo católico, sendo o Padre José Ferreira Guedes, o primeiro Vigário da Paróquia. Em 1880, Jaguaruna foi elevada à Freguesia. Em 1883, foi extinta para, um ano mais tarde, tornar novamente aquela categoria, porém com parte de seu território desmembrado, e integrado no de Tubarão.[14]
Jaguaruna, antiga vila e município criado em 1891, foi extinto em 1923. Voltou à existir pelo decreto estadual nº 25, de 11 de dezembro de 1930, com território desmembrado de Laguna.[15][16]
Pontos Turísticos
As praias são os principais pontos turísticos, sendo recentemente apontados os sambaquis da região como uma grande possibilidade de atração turística, embora sejam desconhecidos e desvalorizados por boa parte da população.[10][12]
Outro ponto de Jaguaruna bastante conhecido, além das praias, é o "Chuveirão", queda de água que a população utiliza para se refrescar, normalmente utilizada após um banho na praia.[17]
↑IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
↑ ab«Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
↑ abInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN (2014). «Patrimônio Arqueológico - SC». Site do IPHAN. Consultado em 11 de agosto de 2019