Interstate TDR
O Interstate TDR foi um veículo aéreo não tripulado - conhecido na época como "drone de assalto" - desenvolvido pela Interstate Aircraft and Engineering Corporation durante a Segunda Guerra Mundial para uso pela Marinha dos Estados Unidos. Capaz de ser armado com bombas ou torpedos, 2000 aeronaves foram encomendadas, mas apenas cerca de 200 foram construídas. O modelo foi usado na Guerra do Pacífico contra os japoneses, mas devido a problemas de desenvolvimento a aeronave, além do sucesso das operações utilizando armas convencionais, foi posteriormente tomada a decisão de cancelar o programa, em Outubro de 1944. Projeto e desenvolvimentoEm 1936, o Tenente comandante Delmar S. Fahrney propôs que aeronaves não tripuladas e controladas remotamente teriam um uso em potencial nas operações de combate da Marinha dos Estados Unidos.[1] Devido a limitações de tecnologia da época, o desenvolvimento de um "drone de assalto" tinha baixa prioridade, mas no início da década de 1940 com o desenvolvimento do radioaltímetro e da televisão tornaram o projeto uma realidade capaz de ser alcançada,[1] após testes utilizando aeronaves tripuladas, o primeiro teste operacional de um drone contra um alvo naval foi conduzido em Abril de 1942.[1] Naquele mesmo mês, após testes do drone Naval Aircraft Factory TDN, a Interstate Aircraft recebeu um contrato da Marinha para dois protótipos e 100 aeronaves com um melhor e mais simples projeto, a ser designado TDR-1.[1] O controle do TDR-1 era conduzido ou por uma aeronave de controle, normalmente um Grumman TBF Avenger, com o operador visualizando através de uma tela a visão de uma câmara instalada no drone, juntamente com a leitura do rádioaltímetro da aeronave, ou através de um piloto a bordo do TDR-1 para voos de teste.[1] Motorizado com dois motores Lycoming O-435-2 de 220 hp (164 kW) cada, o TDR-1 utilizava um desenho simples, com uma estrutura de tubos de aço construído pela fabricante de bicicletas Schwinn cobertos com madeira moldada,[2] fazendo pouco uso de materiais estratégicos, não impedindo a produção de aeronaves de maior prioridade.[1] Capaz de ser pilotado (opcionalmente) para voos de teste, uma carenagem aerodinâmica era utilizada para cobrir a cabine de pilotagem durante missões operacionais.[1] O TDR-1 foi equipado com um trem de pouso triciclo fixo que seria lançado fora após a decolagem para um melhor desempenho.[1] Histórico operacionalSob o codinome Operation Option, a Marinha projetou que até 18 esquadrões de drones de assalto seriam formados, com 162 aeronaves de controle Grumman TBF Avenger e 1000 drones.[3] Entretanto, dificuldades técnicas no desenvolvimento do TDR-1, combinada com uma baixa prioridade dada ao projeto, fizeram com que o contrato foisse modificado e reduzido para um pedido de apenas 300 aeronaves.[1] Um único TDR-1 foi testado pelas Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos como XBQ-4, mas nenhum contrato resultou deste teste.[1] Em 1944, sob o controle da Special Air Task Force (SATFOR), o TDR-1 foi enviado operacionalmente para o Sul do Oceano Pacífico para operações contra os japoneses.[4] As aeronaves TDR-1 equipavam um esquadrão misto (Special Air Task Group 1) juntamente com aeronaves de controle TBM Avenger, e a primeira missão operacional ocorreu em 27 de Setembro, conduzindo operações de bombardeio contra navios japoneses.[4] Apesar do sucesso operacional nesta missão, o programa já havia sido cancelado após a produção de 189 TDR-1,[1] devido à combinação de problemas técnicos, o não cumprimento das expectativas e o fato de que armas convencionais estavam provando ser adequadas para derrotar o Império do Japão.[1] A última missão foi realizada em 27 de Outubro, com 50 drones tendo sido usados em operações com 31 aeronaves atingindo com sucesso seus alvos e sem perdas de pilotos do STAG-1.[4] Após a guerra, alguns TDR-1 foram convertidos para operação como aeronave desportiva.[5] Variantes
OperadoresAeronaves em exibiçãoUm único exemplar do TDR-1 sobreviveu e está em exibição no Museu Nacional de Aviação Naval da Marinha dos Estados Unidos em Pensacola (Flórida).[6] ReferênciasBibliografia
Leitura adicional
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