Intermediação Nota: Para outro significado, veja intermediação financeira .
A intermediação é uma medida de centralidade de um nó em uma rede. Ela é igual ao número de menores caminhos de todos os vértices para quaisquer outros vértices que passam por aquele nó. A intermediação é uma medida mais útil do que apenas a conectividade de um nó. A primeira é mais global para a rede, enquanto a segunda tem apenas um efeito local. O desenvolvimento da intermediação é geralmente atribuído ao sociólogo Linton Freeman, que também desenvolveu várias outras medidas de centralidade.[1] A mesma ideia também foi proposta pelo matemático J. Anthonisse, embora seu trabalho nunca tenha sido publicado.[2] Ao longo dos últimos anos, a intermediação se tornou uma estratégia popular para lidar com redes complexas. As aplicações incluem redes sociais e de computadores,[3][4] redes biológicas (tais como redes tróficas e de polinização), [5][6]redes de transporte, [7][8] redes de cooperação científica[9] e outras. DefiniçãoA intermediação de um nó é dada pela expressão: onde é o número total de menores caminhos do nó para o nó e é o número de menores caminhos que passam por . Vale salientar que a intermediação de um nó escala com o número de pares de nós, indicado pelo somatório dos índices. Portanto o cálculo pode ser redimensioado dividindo pelo número de pares de nós não incluindo , de maneira que . A divisão é feita por para grafos direcionados e por para grafos não-direcionados, onde é o número de nós no componente grande. Nota-se que o valor escala para o máximo quando um nó é compartilhado por todos os menores caminhos. Este geralmente não é o caso, e a normalização pode ser realizada sem a perda de precisão que resulta em: Este redimensionamento sempre será de uma faixa menor para uma faixa maior, logo não há perda de precisão. AlgoritmosCalcular a intermediação e a proximidade de todos os vértices de um grafo envolve calcular os menores caminhos entre todos os pares de vértices do grafo. Isto leva um tempo com o algoritmo de Floyd-Warshall, modificado para não apenas encontrar um mas contar todos os menores caminhos entre dois nós. Em grafos esparsos, algoritmo de Johnson pode ser mais eficiente, levando um tempo . Em grafos sem peso, calcular a intermediação leva um tempo usando o algoritmo de Brandes.[10] Ao se calcular a intermediação e a proximidade de todos os vértices de um grafo, se assume que o grafo é não-direcionado e suas conexões permitem laços e arestas múltiplas. Ao lidar especificamente com grafos complexos, por vezes os grafos não possuem laços ou arestas múltiplas de modo a manter as relações simples (onde as arestas representam conexões entre duas pessoas ou vértices). Neste caso, o algoritmo de Brandes divide o valor final por 2, considerando que cada menor caminho é contado duas vezes.[10] Referências
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