Inah Canabarro Lucas
Inah Canabarro Lucas (São Francisco de Assis, 27 de maio de 1908)[1] é uma freira e supercentenária brasileira validada pelo Gerontology Research Group que se tornou a pessoa viva mais velha do mundo desde a morte de Tomiko Itooka, em 29 de dezembro de 2024, bem como a freira viva mais velha do mundo desde a morte de Lucile Randon, em 17 de janeiro de 2023.[2][3] Bisneta do general David Canabarro, um dos líderes da Guerra dos Farrapos.[4] Atuou como professora[1] e João Figueiredo, 30.º presidente do Brasil, foi seu aluno no Jardim de infância no colégio Santa Tereza de Jesus.[5] É torcedora do Internacional, tendo vários artefatos do clube em sua casa. BiografiaInício da vidaInah Canabarro Lucas nasceu em São Francisco de Assis, Rio Grande do Sul, em 8 de junho de 1908 (embora afirme que seu aniversário é em 27 de maio). Seus pais eram João Antônio Lucas e Mariana Canabarro Lucas. Quando criança, era tão magra que muitas pessoas não acreditavam que ela viveria além dos sete anos de idade. Ela é bisneta do general David Canabarro. Seu pai morreu em combate, em 1923.[4] Estudou no internato Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul. Por volta de 1928, se mudou para Montevidéu, Uruguai, onde se tornou freira. Em 1930, retornou ao Brasil para ensinar português e matemática em uma escola na Tijuca, bairro do Rio de Janeiro. No início dos anos 1940, voltou para Santana do Livramento, onde trabalhou como professora.[1] Foi professora de João Figueiredo, 30.º presidente do Brasil, no jardim de infância no colégio Santa Tereza de Jesus. Os dois se reencontraram em setembro de 1979, quando João Figueiredo fez visita ao Rio Grande do Sul como presidente da República. Ele a beijou e contou ter-lhe um dado um tapa no rosto quando o convencia a ficar na escola.[5] AtualidadeAtualmente, vive em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, aos 116 anos e 129 dias (afirma ter 116 anos e 141 dias). Aos 110 anos, começou a ter algumas dificuldades de mobilidade e precisou começar a usar um andador. Em 25 de janeiro de 2021, aos 112 anos, recebeu a primeira dose da vacina contra a COVID-19, tornando-se uma das pessoas mais velhas a receber a vacina. Atribui sua longevidade a Deus.[6] Se tornou a pessoa viva mais velha validada, no Brasil, após a morte de Antônia da Santa Cruz, em 23 de janeiro de 2022. Mais tarde, se tornou a pessoa viva mais velha validada em toda a América do Sul e América Latina após a morte da colombiana Sofia Rojas, em 30 de julho de 2022. Em 2 de janeiro de 2022, aos 113 anos e 208 dias, superou a idade de Luzia Mohrs para se tornar a pessoa eclesiástica brasileira mais velha de todos os tempos. Atualmente, é a segunda freira validada mais velha de todos os tempos, depois de Lucile Randon. Em outubro de 2022, contraiu COVID-19 enquanto estava hospitalizada, mas conseguiu se recuperar da doença em novembro, tornando-se uma das sobreviventes mais velhas conhecidas da doença.[7] Após a morte de Lucile Randon, em 17 de janeiro de 2023, se tornou a freira viva mais velha do mundo. Atualmente, ela é a pessoa viva mais velha do mundo cuja idade é validada pelo Gerontology Research Group (GRG).[8][9] Em seu 115.º aniversário, em junho de 2023, recebeu a visita do recém-nomeado correspondente do GRG no Brasil, Angelo Jose Goncalves Bos, que lhe entregou a placa oficial do GRG reconhecendo-a como a pessoa viva mais velha da América do Sul.[10] Segundo o GRG, é a sexta supercentenária na América do Sul a atingir a idade de 115 anos, após Maria Capovilla, do Equador (1889–2006), Julia Maria Francisca Simao, do Brasil (1901–2017), Francisca Celsa dos Santos, do Brasil (1904–2021), Antônia da Santa Cruz, do Brasil (1905–2022), e Casilda Benegas de Gallego, do Paraguai/Argentina (1907–2022). Referências
|