Imersão em línguas

Imersão em línguas se caracteriza pelo mergulho ou concentração numa língua natural de interesse do sujeito.

História

Os programas de imersão de hoje em dia são baseados naqueles fundados nos anos 60 no Canadá, quando pais de classe média que falavam o inglês convenceram educadores a estabelecer um programa experimental de imersão em francês tornando possível que suas crianças assimilassem as tradições e cultura de canadenses que falavam o francês.

Método

O nome imersão traz a ideia de concentração num determinado assunto de modo a desconectar de todo o resto a fim de obter um rápido desenvolvimento de habilidades no idioma que está sendo aprendido.

Imersão em línguas é um método de ensinar uma língua estrangeira. Diferentemente de um curso tradicional de línguas, onde a língua em estudo é simplesmente o assunto em questão, a imersão em línguas utiliza a língua em estudo como ferramenta de ensino, envolvendo os estudantes no desenvolvimento de habilidades na língua em que estão estudando.

A imersão em línguas acontece quando as pessoas vivenciam uma língua estrangeira através de uma simulação onde os envolvidos participam de atividades estimuladoras, podendo estas serem atividades do dia-a-dia ou não, a fim de praticar o novo idioma que estão aprendendo.

Esta simulação geralmente dura várias horas, podendo chegar a dias ou até mesmo semanas, dependendo do grau de intensidade que es deseja atingir.

Tipos

Educadores fazem distinção entre programas de imersão em línguas e submersão. No primeiro, a classe e composta por alunos aprendendo uma língua estrangeira no mesmo nível, enquanto que no segundo grupo, um ou dois estudantes estão aprendendo a língua estrangeira, que é a primeira língua para o resto da classe, caracterizando assim uma maneira de aprender que exige um pouco mais do aluno.

Qualidade

Baker[1] descobriu que mais de mil estudos têm sido feitos sobre programas de imersão e alunos destes programas de imersão no Canadá. Esses estudos nos dão informações valiosas, como as descritas a seguir:

  • Estudantes jovens de imersão ficam atrás de seus colegas monolínguas em leitura, soletrar e pontuação durante os primeiros anos somente. Entretanto, após os primeiros anos, os estudantes de imersão alcançam seus colegas nestes quesitos.
  • Programas de imersão não prejudicam as habilidades de fala na língua nativa ou o desenvolvimento cognitivo do aluno.
  • Estudantes jovens adquirem fluência de nativos na língua estrangeira em torno dos 11 anos de idade.
  • Estudantes monolínguas tem uma performance melhor em ciências e matemática logo cedo, nos primeiros anos de escola, porém os estudantes de imersão eventualmente alcançam os colegas monolínguas e muitas vezes os superam em pouco tempo.

No Brasil

No Brasil a imersão geralmente é dada para um grupo de pessoas aprendendo uma língua estrangeira num mesmo nível e é realizada por empresas especializadas em imersão, escolas de idiomas ou até mesmo por profissionais independentes que detém o conhecimento e metodologia atraentes para executar o trabalho.

Referências

  1. Baker, C. (1993). Foundations of Bilingual Education and Bilingualism. Clevedon: Multilingual Matters.

Ligações externas