As ilhas Solovetski (em russo: Солове́цкие острова́, Соловки́) são um arquipélago no golfo de Onega, mar Branco, norte da Rússia, que integram o oblast de Arkhangelsk como distrito de Solovetski. As ilhas dispõem de um aeroporto, o aeroporto de Solovki. A área total é de 347 km² e a população era de 968 (em 2002), um decréscimo face ao censo soviético de 1989, quando era 1317 habitantes. O arquipélago das Solovetski tem sido habitado desde o século V a.C. e podem-se encontrar restos de habitações humanas que remontam ao V milénio a.C.. Foi um lugar de grande atividade monástica desde o século XV, com várias igrejas que datam dos séculos XVI a XIX.[1] «O conjunto histórico e cultural das ilhas Solovetski» foi declarado património da Humanidade pela UNESCO en 1992.
Este arquipélago é formado por seis ilhas conhecidas em conjunto como Solovki:
As ilhas separam a baía de Onega do mar Branco. A terra continental mais próxima é a península de Onega.
As costas são rochosas, e formadas por granitos e gnaisse. O relevo é algo irregular, mas sem grandes declives - o ponto mais elevado tem 107 m. Grande parte da área das ilhas está coberta por pinheiro-da-escócia e espruce-da-Noruega, e há muitos lagos unidos por canais construídos pelos monges que habitavam as ilhas.
Historicamente as ilhas foram o local do famoso Mosteiro de Solovetski, da Igreja Ortodoxa Russa. Foi fundado no segundo quartel do século XV por dois monges do mosteiro de Cirilo-Belozerski. no final do século XVI, a abadia era já um dos mais ricos proprietários de terras e um dos mais influentes centros religiosos na Rússia.
Após a Revolução de Outubro, as ilhas tiveram notoriedade como local do primeiro campo de prisioneiros soviético (gulag). Inaugurado em 1921, quando Vladimir Lenin era ainda o líder da Rússia Soviética, o campo duraria até 1939, às portas da Segunda Guerra Mundial. No início da guerra, havia um campo de treino naval para a Frota do Norte.
Em 1974, as ilhas Solovetski foram convertidas em museu histórico e arquitetónico, além de reserva natural da União Soviética. Em 1992, foram inscritas como Património Mundial "como extraordinário exemplo de uma povoação monástica em ambiente inóspito do norte da Europa, e que admiravelmente ilustra a fé, tenacidade e iniciativa das comunidades religiosas medievais tardias".[2] Hoje, as Solovki são vistas como uma atração turística do Norte Russo.