Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (Serro)

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (Serro)
Fachada frontal da matriz de Nossa Senhora da Conceição
Informações gerais
Construção século XVIII
Diocese Arquidiocese de Diamantina
Geografia
País Brasil
Localização Serro, Minas Gerais
Coordenadas 18° 36′ 14″ S, 43° 22′ 45″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição é a principal igreja da cidade do Serro, em Minas Gerais. É a igreja matriz da paróquia homônima, criada em 1713.[1]

Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, é uma das maiores igrejas barrocas do estado, possuindo as torres em madeira mais altas entre as igrejas coloniais mineiras. Saint-Hilaire a descreveu como "uma das mais belas e grandes que ele vira em toda a Província de Minas". Foi possivelmente neste templo que o Maestro Lobo de Mesquita ensaiou seus primeiros acordes musicais.

História

A primeira matriz da cidade era uma simples capela de palha, dedicada a Santo Antônio.[2] Há notícias de uma segunda, entre os anos de 1725 e 1737, precedida de adro e no mesmo local da atual. A construção hoje existente, templo da arte e da fé, é fruto da evolução deste segundo edifício, sendo considerada por alguns a terceira matriz do Serro. Da sua construção se tem notícias a partir de 1776, sendo terminada em fins do século XVIII, no tempo do ouvidor Domingos Manuel Marques Soares. Recebeu várias reformas durante o século XIX, sendo a mais importante datada de 1872 a 1877.

Características

Tem três particularidades, que são uma constante no Vale do Jequitinhonha: os óculos de formatos caprichosos, as torres com estrutura de madeira, destacadas em relação ao corpo da igreja, e a insinuação de paredes curvas nos anexos laterais da nave. Estes anexos funcionavam como sacristias, salas de reunião ou depósitos. O altar-mor apresenta excelente talha rococó, de autoria do entalhador Bartolomeu Pereira Diniz. O livro de despesas da Irmandade do Santíssimo registra também os pagamentos feitos ao mestre torneiro Joaquim Gonçalves de Aguiar, “por tornear as colunas para o retábulo”, aos entalhadores Bento André Pires e Francisco Pereira Diniz (Chico entalhador) e ao pintor e dourador Manuel Fernandes Leão. Na sacristia, um belo móvel de jacarandá, com enormes gavetas e armários laterais.

A pintura do forro da nave, uma Nossa Senhora cercada de nuvens, anjos e ornatos, datada de 1828, é atribuída a Manuel Antônio Fonseca, pintor de destaque na região. Pendendo do teto da capela-mor, um grandioso lustre. A fachada, restaurada em meados do século XIX, com a construção de alicerces em pedra, é de grande simplicidade, mas de medidas gigantescas. A igreja é cercada por uma interessante paisagem urbana, composta de escadarias, uma majestosa muralha de pedra-sabão, ladeiras laterais e gramados sobre belas ondulações do terreno. É sede da Irmandade do Santíssimo. As irmandades que não tinham igrejas próprias mantinham, nesta matriz, altares dedicados aos seus santos protetores. Lá os fiéis serranos celebram anualmente a festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição.

Referências

  1. «Paróquia Nossa Senhora da Conceição». Arquidiocese de Diamantina. Consultado em 17 de julho de 2019 
  2. «Matriz de Nossa Senhora da Conceição». Consultado em 17 de julho de 2019. Arquivado do original em 10 de abril de 2009 

Ligações externas