Com o tempo, o nome foi usado para designar especificamente os cristãos bizantinos de Antioquia, Alexandria e Jerusalém, que passaram a humildemente aceitar a alcunhajocosa que lhes conferiram.
Ainda como elemento de identidade, a Igreja Melquita é árabe. Seu processo de arabização começou desde segunda metade do século VIII. Foi a primeira Igreja a usar o árabe como língua litúrgica, e teve como um dos seus filhos o primeiro escritor cristão que escreveu regularmente em árabe, Teodoro Abuqurra (ca. 755 - ca.830).
Depois do Grande Cisma que ocorreu em 1054, a Igreja Melquita não manifestou nenhuma posição unilateral entre a Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa, tentando preservar sua comunhão com ambas as Igrejas. Mas, em 1724, dado às circunstâncias históricas, como a atuação de missionários europeus, grande parte dos melquitas declarou comunhão visível com a Igreja Católica Romana, criando assim duas vertentes dos melquitas: os católicos (também chamados de uniatas) e os ortodoxos, os quais vieram a ser conhecidos como antioquenos.
Ícones
A Igreja Melquita, fiel à tradição bizantina, não usa esculturas em suas igrejas, mas apenas ícones: antes de entrar no Sancta Sanctorum pode-se sempre ver uma ícone de Maria e uma de Jesus.
Igreja Greco-Católica de Antioquia no mundo
A Igreja Melquita conta atualmente com cerca de 1,3 milhões de fiéis, organizados em 28 dioceses:
A Igreja Melquita veio ao Brasil em missão para servir os imigrantes sírios e libaneses, cuja imigração se iniciou em torno de 1869-1890. Prósperas comunidades foram fundadas e, com muito esforço, também levantadas suas próprias igrejas. A primeira, Igreja de São Basílio, foi fundada em 1941, pelo primeiro bispo melkita do Brasil, Dom Elias Coueter, tendo sido a primeira Igreja católica oriental a ser fundada no país.