Igreja Católica na Suíça
A Igreja Católica na Suíça (em alemão: Römisch-katholische Kirche in der Schweiz, em francês: Église catholique en Suisse, em italiano: Chiesa cattolica in Svizzera) é parte da Igreja Católica universal, em comunhão com a liderança espiritual do Papa, em Roma, e da Santa Sé. Por ser um país multicultural, a Suíça tem grande variedade religiosa, como por exemplo, os católicos, que representam cerca de 37,3% da população, e os protestantes, que são cerca de 26,9% do total.[5] HistóriaAs primeiras dioceses do atual território suíço foram fundadas no final dos tempos romanos (séculos III e IV), em Genebra e Avenches. Ao norte, o cristianismo começou por missionários anglo-irlandeses na Baixa Idade Média. Até a Reforma, a Igreja Católica desempenhou se papel de forma abrangente em todas as áreas da vida social e pública. Uma segunda fase de supressão e secularização após a Reforma foram o iluminismo e o liberalismo. Mesmo depois disso, a secularização da vida social continuou, inclusive em outras denominações. Após a Segunda Guerra Mundial, a imigração de pessoas de outras culturas e religiões se uniu a isso, e cada vez mais se lida com a falta de sacerdotes. No entanto, a igreja continua a ser o maior grupo confessional do país.[5] O bispo conservador de Chur Vitus Huonder é um dos apoiadores da separação entre Igreja e Estado.[6] Organização territorialAs dioceses são:[7]
As duas abadias territoriais que não pertencem à nenhuma diocese são:
Abadia de Einsiedeln, no Cantão de Schwyz, comandada pelo abade Dom Urban Federer Em contraste à maioria das dioceses católicas, os bispados suíços são isentos, ou seja, imediatamente sujeitos à jurisdição da Santa Sé, sem qualquer bispo metropolitano. Nos últimos trinta anos, principalmente durante o conflito sobre a nomeação de Wolfgang Haas como bispo de Chur, tem havido discussões para fazer uma grande reforma da estrutura da Igreja Católica da Suíça, o que provavelmente também levaria ao estabelecimento de uma sé metropolitana (provavelmente em Lucerna). No entanto, as discussões continuam por se resolver, especialmente sobre o status do Cantão de Zurique como parte da Diocese de Chur, a extensão grande mas limitada da Diocese de Basileia e a falta de uma metrópole permanecem sem solução. Atualmente há apenas um cardeal vivo da Suíça, Kurt Koch que, inclusive, participou do Conclave de 2013. Estatísticas
37,3% da população suíça pertencia à Igreja Católica em 2015, tornando os católicos a maior comunidade religiosa do país. Devido ao afluxo de trabalhadores italianos, espanhóis e portugueses, os católicos têm superado em número os protestantes na Suíça desde a década de 1970.[7][8] Uri (78,8%), Valais (72,8%), Obwalden (72,7%) e Appenzell-Innerrhoden (72,2%) são os cantões com a maior percentagem de católicos na população residente total.[7] A filiação a igrejas cristãs diminuiu nos últimos anos. Em uma pesquisa mais ampla sobre as atitudes religiosas na Suíça, realizada em 2000, apenas 16% dos suíços disseram que a religião era "muito importante" para eles, muito abaixo de suas famílias, seus empregos, esporte ou cultura. Outra pesquisa publicada no mesmo ano mostrou que o número de frequentadores regulares de igrejas caiu 10% em 10 anos. Os católicos suíços tendem a ser mais assíduos na igreja que os protestantes: 38,5% disseram que não iam à igreja, enquanto entre os protestantes o número era de 50,7%. Apenas 71% do total de pessoas entrevistadas disseram acreditar em Deus. A demanda por batismos nas igrejas, casamentos e funerais caiu drasticamente nos últimos 30 anos. O censo de 2000 mostrou que a Igreja Católica e a principal igreja protestante (Evangélica Reformada) haviam perdido em termos absolutos (o número de membros) e em termos relativos (sua participação na população total).[8] Conferência EpiscopalA Conferência dos Bispos Suíços foi fundada em 1863, como membro do Conselho de Conferências Episcopais da Europa. Nunciatura ApostólicaA Nunciatura Apostólica para a Confederação Helvética, como é conhecida oficialmente a Suíça, fica localizada em Berna. Ver também
Referências
|