Igreja Católica em Maurício
A Igreja Católica em Maurício[5] (ou na Maurícia[6]) é parte da Igreja Católica universal, em comunhão com a liderança espiritual do Papa, em Roma, e da Santa Sé. Este é um país com grande variedade étnica e cultural, sendo o hinduísmo o maior grupo religioso, mas também incluindo cristãos, muçulmanos; e há registro de tensões entre os grupos, principalmente devido aos privilégios dados aos hindus pelo governo no setor público.[7] HistóriaDepois que a região passou para o controle francês em 1715, os vicentinos evangelizaram as tribos nativas que viviam em Maurício, entre 1722 e 1819. Na época, Port-Louis tornou-se a sede de um imenso vicariato confiado aos beneditinos que abrangia desde a Austrália, Madagascar e até a África do Sul até 1837, e também as Ilhas Seicheles e Santa Helena até 1852. O bispo William Bernard Allen Collier, o terceiro vigário apostólico, ficou conhecido por sua capacidade de organização. Ele foi o responsável pela chegada de Jacques Laval dos Padres do Espírito Santo, cujo trabalho entre os escravos alforriados lhe rendeu o título de "Pedro Claver dos tempos modernos". Port-Louis foi elevada a diocese em 1847, e quase todos os vigários apostólicos e bispos foram beneditinos até 1916, quando a diocese foi confiada aos espiritanos. Os missionários jesuítas trabalharam principalmente entre as tribos nativas e, após um aumento na imigração da Ásia e da Índia, os padres seculares chineses trabalharam entre seus próprios compatriotas. O Papa João Paulo II visitou Maurício em outubro de 1989.[8] A constituição de 1968, beneficiou financeiramente a Igreja com subsídios do governo em proporção aos seus membros e, como todas as outras religiões, foi concedida a isenção de impostos.[8] Os subsídios do governo não são concedidos apenas à Igreja Católica, e também incluem o hinduísmo, muçulmanos, anglicanos, presbiterianos e adventistas do sétimo dia.[7] Enquanto a vida católica permanecia ativa, haviam tensões entre a maioria hindu, os católicos e os muçulmanos, resultando em tumultos em fevereiro de 1999. Um conselho inter-religioso foi formado pelo governo mais tarde naquele ano, em um esforço para promover o entendimento entre grupos étnicos e religiosos. Muitos chineses, embora budistas, também sincretizam a fé católica, fruto da frequência às escolas católicas da ilha.[8] AtualmenteEm 2000, havia 49 paróquias atendidas por 57 padres diocesanos e 30 religiosos. Mais de 25 irmãos e seis comunidades, totalizando mais de 270 irmãs — incluindo uma comunidade de origem nativa — que dirigiam as escolas católicas da região e atendiam a outras necessidades de serviço social.[8] Durante a pandemia de COVID-19, as igrejas de todo país tiveram de ser fechadas, e as missas celebradas sem a presença do povo.[9] Organização territorialA Igreja Católica está presente no país com duas circunscrições, ambas listadas abaixo:[2][10]
Conferência EpiscopalVer artigo principal: Conferência Episcopal do Oceano Índico
O episcopado local é membro da Conferência Episcopal do Oceano Índico, que também agrupa os bispos de Comores, Reunião, Maiote e Seicheles, e foi criada em 1986.[3] Nunciatura ApostólicaVer artigo principal: Nunciatura Apostólica de Maurício
A Nunciatura Apostólica de Maurício foi instituída em 1970.[4] Visitas papaisVer artigos principais: Viagem apostólica de João Paulo II à Ásia e África em 1989 e Viagem apostólica de Francisco à África Austral em 2019
O país foi visitado pelo Papa São João Paulo II entre 14 e 16 de outubro de 1989, juntamente com a Coreia do Sul e a Indonésia.[13][14]
O Papa Francisco também visitou Maurício nos dias 9 e 10 de setembro de 2019, juntamente com Moçambique e Madagascar.[16][17] Cerca de 100.000 pessoas participaram da missa de encerramento da viagem em Port-Louis – cerca de 10% de toda a população das Ilhas. Além disso, a visita foi considerada uma abertura para o diálogo e intercâmbio entre as religiões.[7]
SantosBeatosReferências
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