Ibrahim TouqanIbrahim Touqan (em árabe ابراهيم طوقان; Nablus, 1905 - 2 de maio de 1941) foi um poeta nacionalista palestino, cuja obra inspirou os árabes da região da Palestina durante sua revolta contra os britânicos. Nasceu em Nablus, durante o domínio otomano.[1] Era irmão da poetisa Fadwa Touqan, de quem foi tutor e que influenciou no interesse pela poesia.[2][3] Cursou a sua educação primária na escola Al-Rashadiya Al-Gharbiya, na parte oeste de Nablus,[3] e a educação secundária na escola Al-Motran, em Jerusalém. Continuou seus estudos na Universidade Americana de Beirute, de 1923 a 1929.[3] Depois de obter um bacharelado em Literatura, Touqan trabalhou como professor de Literatura Árabe na Universidade Nacional de An-Najah, em Nablus.[1][4] Trabalhou posteriormente em dois empregos, como professor na Universidade Americana de Beirute e como sub-diretor da Seção de Programas em Árabe da Estação de Radiodifusão Palestina de Jerusalém.[5] Em 1937, casou-se com Samia Abdel Hadi, com quem teve um filho, Ja'afar.[4] Touqan teve problemas de estômago por toda a sua vida, e em 1941 veio a falecer, com 36 anos de idade, devido à complicações advindas duma úlcera, no Hospital Francês de Jerusalém.[3][4] PoesiaA carreira de Touqan como poeta começou durante sua adolescência, quando foi muito influenciado por seu avô, que escrevia zajal, assim como sua mãe, que apreciava a literatura "heróica" árabe. Após receber incentivo de seu pai, Touqan se interessou pelo Alcorão, aparentemente "lendo-o durante todos os Ramadãs". Touqan publicou seu primeiro poema em 1923, enquanto vivia em Beirute. Lá, descobriu que a imprensa libanesa o incentivaria muito a publicar seus trabalhos.[3] A maioria dos seus poemas lidava com a luta dos árabes contra os britânicos, que controlavam a Palestina desde 1922 como um mandato.[2][3] Seus poemas ficaram famosos no mundo árabe durante a revolta árabe de 1936-1939.[1] Este é um trecho de um de seus poemas mais famosos, Mawtini, que escreveu durante a revolta árabe:[1]
Este poema é o hino nacional de facto da Autoridade Nacional Palestina e, em 2003, o Iraque também adotou o poema como o seu hino nacional.[6][7][8] Ver tambémReferências
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