Hélder Câmara e também referido como MI Hélder Câmara[1] (Fortaleza, 7 de fevereiro de 1937 - São Paulo, 20 de fevereiro de 2016) foi um enxadrista brasileiro, escritor e criador da Defesa Câmara.[2] É irmão do enxadrista bicampeão brasileiro Ronald Câmara[3] e sobrinho do Arcebispo Dom Hélder Câmara. Detém o título vitalício de Mestre Internacional outorgado pela FIDE durante o torneio Zonal Sul Americano realizado em São Paulo, em 1972.[4]
Trajetória
Hélder Câmara nasceu em Fortaleza no Ceará em 1937, transferiu-se para o Rio de Janeiro no final da década de 1950, e foi campeão carioca em 1958, 1960 e 1961 e campeão brasileiro em 1963. No Rio de Janeiro trabalhou no Jornal dos Sports escrevendo uma coluna sobre xadrez.[5]
Em 1967 mudou-se para São Paulo conquistando o campeonato brasileiro e paulista de 1968. Foi trabalhar no Jornal O Estado de São Paulo também escrevendo sobre xadrez.[5] O mestre internacional de xadrez acabou sendo perseguido e preso injustamente por um mês, em 1971 em São Paulo por agentes da ditadura, acusado de subversão pelo simples fato de ser sobrinho e homônimo do Arcebispo Dom Hélder Câmara.[6]Integrou a equipe olímpica brasileira em Lugano (Suíça), em 1968; Siegen (Alemanha), em 1970; Skopie (Iugoslávia), em 1972; Nice (França), em 1974; La Valetta (Malta), em 1980; Tessalônica (Grécia), em 1984.[1]
Defesa Câmara
Criador da Defesa Câmara que se encontra na The Encyclopaedia of Chess Openings registrada como Defesa Brasileira , fato que nunca agradou o enxadrista.[7]
“
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Não é Defesa Brasileira, é Defesa Câmara.
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”
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— Hélder Câmara
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Conquistas
Recordes
- Recordista brasileiro de simultâneas às cegas, em torneio realizado no Jacarepaguá Tênis Club, Rio de Janeiro, contra doze enxadristas, em 1965.
Obras
Referências
Bibliografia
- FILGUTH, Rubens. Xadrez de A a Z: dicionário ilustrado. Porto Alegre : Artmed, 2005. 240 pp. (vide verbete Mestre Internacional).
Ligações externas