Hidrovia Tocantins-AraguaiaA Hidrovia do Tocantins-Araguaia é a principal hidrovia e um dos principais troncos viários do corredor Centro-Norte brasileiro. Ela se sustenta principalmente pela navegação nos rios Tocantins e Araguaia, não sendo porém navegável em todos os seus afluentes devido a limitação da calha dos rios e a corredeiras em todo o seu percurso. É uma hidrovia que transporta cargas por uma região de planalto no sentido norte-sul[1]. Pertencente ao corredor Centro-Norte, a hidrovia do Tocantins-Araguaia se divide em quatro tramos. O primeiro, de Peixe a Marabá, com 1.021 km de extensão, o segundo, de Marabá à foz do Tocantins, com 494 km[2], o terceiro de Baliza a Conceição do Araguaia - se apresenta com um imenso potencial para o escoamento da produção de grãos do Mato Grosso, Goiás, Pará e Tocantins e o quarto trecho que é muito limitado - devido as grandes corredeiras do Araguaia, vai de Conceição do Araguaia à foz do Araguaia, no próprio rio Tocantins.[3] HistóriaO projeto da hidrovia data dos fins da década de 1960, tendo sido retomado a partir dos anos 80, com o objetivo de implementar a navegação comercial na bacia do Tocantins-Araguaia, em trechos já navegáveis durante boa parte do ano. A hidrovia Tocantins-Araguaia faz parte de um projeto maior que pretende oferecer flexibilidade a navegação no interior do Brasil, ao promover a integração entre as bacias do Paraguai, Tocantins e Amazonas, por meio dos rios Araguaia, Tocantins, São Francisco, Paraná, Guaporé e Madeira. Traçado da HidroviaA hidrovia está sendo preparada para ser navegada nos seguintes trechos:
A embarcação tipo para a qual a hidrovia vem sendo preparada é um comboio de empurra composto de quatro chatas e um empurrador. Esse comboio tem 108,00 m de comprimento, 16 m de boca (largura) e cala 1,5 m no máximo em águas mínimas. A navegação no rio Tocantins poderá ser levada até a cidade tocantinense de Peixe, a montante do trecho acima citado, desde que a barragem da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, que está sendo construída em Lajeado, entre as cidades de Palmas e Miracema do Tocantins, seja dotada de eclusa de navegação. No rio Tocantins, a jusante da Usina Hidroelétrica de Tucuruí, no estado do Pará, no trecho que se estende desde o sopé da citada hidroelétrica até a sua foz, numa extensão de 250 km, é navegado por classe de embarcação diferente, de maior porte.[4] Eclusas de TucuruíA construção das Eclusas de Tucuruí surgiu da necessidade de vencer o desnível de cerca de 75 m, imposto pela construção da barragem da Usina hidrelétrica de Tucuruí e para permitir a navegação desde Belém até Marabá. Quando prontas, serão as maiores eclusas do mundo (em desnível). Naquele trecho do rio Tocantins a navegação, para grandes barcos, era impossibilitada pela existência de inúmeras corredeiras. As obras do sistema de transposição de desniveis da UHE Tucuruí tiveram início em 1981 quando a execução foi iniciada pela Eclusa 1, obras essas consideradas obrigatórias para permitir o enchimento do reservatório da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Até 1984 as obras tiveram andamento normal e a partir deste ano o ritmo foi diminuindo até a total paralisação em 1989. Somente em 2010 o projeto foi concluído e foi possível retornar a navegação no Tocantins. Ver tambémReferências
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