Henri Cartier-Bresson
Henri Cartier-Bresson (Chanteloup-en-Brie, 22 de agosto de 1908 — Montjustin, 3 de agosto de 2004) foi um fotógrafo, fotojornalista e desenhista francês. BiografiaFamília e infânciaCartier-Bresson nasceu dia 22 de agosto de 1908, filho de pais de uma classe média (família de industriais têxteis), relativamente abastada. Quando criança, ganhou uma câmera fotográfica Box Brownie, com a qual produziu inúmeros instantâneos. Sua obsessão pelas imagens levou-o a testar uma câmera de filme 35 mm. Além disto, Bresson também pintava e foi para Paris estudar artes em um estúdio. A família Cartier-Bresson dava nome a uma das indústrias têxteis mais famosas da França, no início do século XX. De acordo com o biógrafo Pierre Assouline, a Filature Cartier-Bresson era conduzida com certo paternalismo, responsabilizando-se pela construção de creches, escolas, igrejas e armazéns nas vilas de operários. Ainda segundo Assouline, isso estava vinculado à "moral cristã" da família, cuja fé católica estava representada até mesmo na marca de seus produtos — as iniciais "C" e "B" separadas por uma cruz.[1] Para o fotógrafo, seus pais eram "católicos de esquerda":
Desde muito cedo, Henri Cartier-Bresson se interessou pela pintura. Embora seu pai também desenhasse, foi seu tio Louis que o apresentou primeiro às tintas e telas e, pouco mais tarde, a seu primeiro professor — um aluno de Fernand Cormon.[3] A alfabetização pela pintura (1927–1928)O contato com as obras e publicações surrealistas, por volta de 1926, leva Cartier-Bresson a frequentar os encontros do grupo, até ser finalmente aceito no núcleo do movimento: as salas reservadas dos cafés Cyrano e Dame Blanche, em Paris, onde os nomes mais conhecidos do grupo costumavam se reunir em torno de André Breton.[4] Em 1927, Henri Cartier-Bresson inicia seus estudos com o pintor André Lhote,[5] cubista da Section d'Or, grupo que se dedicava ao estudo e à aplicação da proporção áurea na pintura:
Mais tarde, o fotógrafo diria que foi Lhote quem o ensinou a "ler e escrever".[7] A recusa em adotar o "espírito sistemático" de André Lhote, no entanto, o levou a abandonar os estudos após dois anos, partindo, então, para uma viagem à Costa do Marfim, onde permaneceria por um ano.[8] Descoberta da fotografia e Segunda Guerra MundialEm 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou pela África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a retornar a França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que ele descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado pela fotografia Três Rapazes no Lago Tanganica do húngaro Martin Munkácsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros a correr em direção ao Lago Tanganica.[carece de fontes] Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, Bresson foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou por duas vezes escapar e somente na terceira obteve sucesso. Juntou-se à Resistência Francesa em sua guerrilha pela liberdade.[carece de fontes] CarreiraQuando a paz se restabeleceu, Cartier-Bresson, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum junto com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour "Chim". Começou também o período de desenvolvimento sofisticado de seu trabalho. Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar pelo mundo e registrar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos, da Índia à China, Bresson dava o seu ponto de vista especialíssimo.[carece de fontes] Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural. Na década de 1950, vários livros com seus trabalhos foram lançados, sendo o mais importante deles "Images à la Sauvette", publicado em inglês sob o título "The Decisive Moment" (1952). Em 1960, uma megaexposição com quatrocentos trabalhos rodou os Estados Unidos em uma homenagem ao nome forte da fotografia.[carece de fontes] Referências
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