Heleno

 Nota: Para outros significados, veja Heleno (desambiguação).

Na mitologia grega, Heleno foi filho do rei Príamo e da rainha Hécuba, de Troia.[1]

Heleno recebeu de Apolo o dom da adivinhação, pelo que predisse que a viagem de Páris à Grécia seria nefasta. Com efeito, no seguimento da viagem desencadeou-se uma guerra. Durante a guerra e após a morte de Páris, Heleno aspirou à mão de Helena, mas foi-lhe recusada em favor de Dêifobo. Irado, Heleno retirou-se para o monte Ida. Lá, os gregos, a conselho do adivinho Calcas, o capturaram e torturaram até que ele expusesse o que era necessário para tomar Troia. Heleno disse-lhes que eles venceriam se recuperassem as flechas de Héracles, em posse de Filoctetes; se roubassem o paládio troiano, coisa que conseguiram com o célebre estratagema do cavalo de Troia; e se persuadissem o filho de Aquiles, Neoptólemo, a juntar-se à guerra. Neoptólemo estava escondido da luta em Esquiro, mas os gregos convenceram-no a ir a Troia.

Depois de seus pais serem mortos pelos aqueus na guerra, Heleno foi escravizado por Neoptólemo, de quem ganhou a liberdade e a confiança ao impedi-lo de zarpar com o resto da frota dos aqueus, predizendo uma terrível tempestade. A partir desse ponto, há duas versões para o destino de Heleno:

1. Foi levado para o Epiro, onde Neoptólemo deu-lhe a mão de Andrómaca, viúva de Heitor, e declarou-o herdeiro do seu trono. Quando o filho de Aquiles morreu às mãos de Orestes, Heleno e Andrômaca assumiram o reino onde, mais tarde, receberam a visita de Enéas.

2. Foi levado para o país dos molossos e ali Neoptólemo deu-lhe a mão de sua mãe, Deidamia. Posteriormente, Heleno fundou uma cidade na Molóssia, onde viveu pelo resto da vida.

Referências

  1. Públio Virgílio Marão, Eneida. Theodore C. Williams. trans. Boston. Houghton Mifflin Co. 1910. Online version at the Perseus Digital Library.

Bibliografia