Ocupa 0,8 % da área total do país e tem uma população aproximada de 61 029 habitantes (2023).
A província compreende a própria ilha da Gotlândia e ainda as ilhas menores de Fårö, Lilla Karlsö, Stora Karlsö e Gotska Sandön.
[6][5]
Como província histórica, a Gotlândia não possui funções administrativas, nem significado político, mas está diariamente presente nos mais variados contextos, como por exemplo em Gotlands Bowlingförbund (Associação de Bowling da Gotlândia) e Gotlands Folkhögskola (Escola Superior Popular da Gotlândia).[7]
Etimologia e uso
O nome geográfico sueco Gotland deriva possivelmente das palavras nórdica "gutar" (o nome do povo habitando a ilha; literalmente, "os homens") e de ”land” (terra ou ilha), significando ”terra dos gutas”. A forma ”Gotland” - com ”o” - parece ser uma influência do baixo-alemão medieval, talvez em combinação erudita posterior com ”goter” (godos). A província está mencionada como "Gutlandi", em escrita rúnica em sueco antigo no século XI, como ”Gutland” na Saga dos Gutas, em gútnico antigo no século XIII, e como ”Gutland” no século XIV.
[8][9]
“
”Gutland hitti fyrsti maþr þan sum þieluar hit. þa war gutland so eluist at þet daghum sanc Oc natum war uppj.”
A forma Gotlândia é um aportuguesamento consagrado em textos em português, embora a forma original Gotland pareça ter igualmente uso considerável na língua portuguesa.
[10][11][12]
“
...a Suécia tinha já enviado uma guarnição militar para a Gotlândia…
”
“
... a escolha da ilha de Fårö, localizada na província de Gotland, na Suécia...
”
Condados atuais
A província histórica da Gotlândia corresponde inteiramente ao atual condado da Gotlândia.
[3]
Desde longa data, a ilha báltica da Gotlândia foi um importante centro de comércio. Durante a Idade Média, a Gotlândia gozou de uma significativa autonomia em relação à Suécia. Uma forte rivalidade entre os comerciantes alemães da ilha e os camponeses locais levou a uma guerra civil, que acabou finalmente em 1288 pela intervenção conciliatória do rei sueco Magno, o Tesoureiro. Em 1361 a Dinamarca conquistou a ilha, que só foi recuperada pela Suécia em 1645, pela paz de Brömsebro.
[3][13]
Até aos nossos dias, foram encontradas centenas de pedras rúnicas (runestones) na Gotlândia, na forma de lápides de pedra esculpidas com inscrições referindo cenas mitológicas e homenagens em honra dos antepassados da região.
[14][15]
A Gotlândia é um grande rochedo de calcário - predominantemente plano - em pleno Mar Báltico, a 90 km da Suécia continental.
Através dos tempos, as vagas e os ventos modelaram falésias (raukar) e grutas ao longo das costas da ilha.[17][18][3]
Ponto mais alto: Lojsta Hed a 82 metros acima do nível do mar.
A economia tradicional da Gotland está baseada na agricultura.
[22]
Hoje em dia, continua a ser a província sueca com mais pessoas a trabalhar na agricultura. Há uma grande cultura de cereais, beterraba-açucareira, batatas e morangos, assim como uma grande criação de carneiros e ovelhas. Na atividade industrial tem especial relevo a produção de cimento em Slite, havendo ainda a considerar as indústrias agro-alimentares, da pedra e de eletrónica. O turismo assume uma importância destacável na economia da ilha..
[23][24][25]
Património histórico, cultural e turístico
A Gotlândia é uma grande atração turística, especialmente no verão.
A ilha orgulha-se de ter o maior número anual de horas de sol da Suécia – cerca de 2000.
[26][27][25]
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