Gonçalo de SintraGonçalo de Sintra ou Gonçalo Afonso de Sintra (n. Portugal - África, 1444 ou 45), foi um explorador português do séc. XV.[1] De acordo com o cronista Zurara, Gonçalo de Sintra fora moço da estrebaria e mais tarde escudeiro do Infante D. Henrique.[1] Foi entendido por outros como um cavaleiro distinguido pelo serviço em Ceuta[2] (sendo natural serem duas pessoas distintas). Acompanhou Nuno Tristão na missão, que o infante D. Henrique lhe cometera, de explorar a costa ocidental da África a sul do Cabo Branco.[1] Em 1444 (ou 1445), o Infante D. Henrique deu a Gonçalo de Sintra o comando de uma caravela numa expedição específica à 'terra de Guiné'.[3] Nessa expedição, de acordo com o relato de Eanes Zurara, Gonçalo Afonso de Sintra ter-se-á afastado da rota combinada, dirigindo-se, em vez disso, às ilhas de Nar e de Tidra, a sul de Arguim[1], para encetar uma nova surtida nas imediações da baía de Arguim, aproveitando o sucesso recente de Lançarote de Freitas naquelas paragens, para tentar também a sua sorte. Sem embargo, esta empreitada saiu-lhe gorada, porquanto a força de desembarque que constituiu foi emboscada pelos zenetas[4], que tinham ficado de sobreaviso, desde a última surtida de Lançarote de Freitas.[4] O mar encapelado não permitiu a aproximação da caravela da costa e Gonçalo e os 7 tripulantes que com ele compunham a força de desembarque, viram-se cercados pelos zenetas, sem possibilidade de regressar à embarcação, tendo todos perecido em combate.[1] Zurara[5] identifica o local da morte de Gonçalo de Sintra a sul de Arguim, mas João de Barros[6] situa essa morte entre o Rio do Ouro e a Pedra de Galé, na Angra de Cintra (Saara Ocidental 22° 58′ N, 16° 10′ O) mais a Norte, assim crismada em preito à sua memória, constando, inclusive de cartas náuticas italianas do séc. XV.[1] A localização, em todo o caso, mantém-se dúbia.[4] Gonçalo de Sintra foi o primeiro capitão do Infante D. Henrique a morrer em combate numa expedição, e é assim considerado como a primeira baixa portuguesa no período das descobertas. Alguns historiadores referem que Gonçalo de Sintra fosse familiar (talvez pai) de Pedro de Sintra (que explorou a Guiné em 1460). Referências
Bibliografia
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