Filho de João Pedro Grácio Júnior, sobrinho de Kim Grácio e neto de João Pedro Grácio, começou a trabalhar na oficina do pai com apenas doze anos.
Mestre guitarreiro, era herdeiro de uma arte tradicional passada por várias gerações da destacada família Grácio.
Foi o último dos Grácios a construir instrumentos musicais, uma vez que seus filhos não quiseram dar continuidade à tradição. Nos últimos tempos dedicou-se a transmitir esta arte em diversos cursos.
A Família Grácio é a responsável pelas transformações feitas à Guitarra Portuguesa, em parceria com Artur Paredes, pai de Carlos Paredes, dando deste modo origem à estandardização da Guitarra Portuguesa de Coimbra. Construiu o seu primeiro instrumento, uma viola, com 17 anos.[1]
Tinha a sua oficina em Agualva-Cacém, Sintra, onde, para além das guitarras portuguesas de Lisboa e Coimbra, também construiu outros instrumentos como bandolins e violas. A sua oficina, outrora espaço onde se encontravam também os seus clientes e amigos, e se realizavam tertúlias quase sempre em torno de assuntos relacionados com a música e o fado, do qual é grande apreciador, continuou a funcionar, muito embora coordenasse o Atelier de Construção de Instrumentos musicais de corda (AIMC) em Carnaxide (ver ligação em baixo), supervisionando a construção de guitarras portuguesas, feita agora pelos seus dois assistentes, aos quais legou o seu saber.