Gewehr 98

Gewehr 98
Gewehr 98
Gew 98
Tipo Fuzil de ação por ferrolho
Local de origem Império Alemão Império Alemão
História operacional
Em serviço 1891-1935 (Exército Alemão)

1944-1945 (Milícia Alemã)

Histórico de produção
Criador Mauser
Data de criação 1897
Período de
produção
1898-1918
Quantidade
produzida
Estimam-se 5.000.000
Variantes Kar98a
Kar98b
Kar98k
Especificações
Peso 4,09 kg
Comprimento 1,250 mm Gewehr 98

1,090 mm Karabiner 98a

Comprimento  740 mm Gewehr 98

590 mm Karabiner 98a

A Gewehr 98 (Gew98 ou G98) é uma espingarda (português europeu) ou fuzil (português brasileiro)[1] alemã, usada desde 1898 até 1935 pelo exército alemão, tendo sido substituída por uma sua versão aperfeiçoada, a Karabiner 98k. Em Alemão, Gewehr 98 significa Espingarda 98. A arma também é conhecida pela designação Mauser system 98 ou, simplesmente, Mauser 98

A ação do Gewehr 98, usando um pente de 5 cartuchos carregado com o cartucho 7,92×57mm Mauser, combinou e melhorou com sucesso vários conceitos de engenharia de ferrolho que logo foram adotados por muitos outros países, incluindo o Reino Unido, Estados Unidos e Japão.[2] O Gewehr 98 substituiu o anterior Gewehr 1888 como o principal fuzil de serviço alemão. Ele entrou em combate pela primeira vez na Rebelião dos Boxers Chineses e foi o principal fuzil de serviço de infantaria alemão da Primeira Guerra Mundial. O Gewehr 98 foi usado militarmente pelo Império Otomano e pela Espanha Franquista.

Foi substituído pelo Karabiner 98k, uma versão de carabina com o mesmo projeto, para a Wehrmacht sob a Alemanha Nazista de 1935 a 1945.

História

A Gewehr 98 foi criada a partir de melhoramentos à espingarda Gewehr 96 experimental e excedia a antecessora Modelo 88 (também conhecida como Gewehr 88). Foi a última numa linhagem de produção de espingardas da Mauser introduzidas nos anos 1890. A Comissão Alemã de Teste de Espingardas adoptou a Gewehr 98 no dia 5 de Abril de 1898. Em 1901, as espingardas estavam prontas para servir a Força Expedicionária do Leste Asiático, a Marinha e três destacamentos prussianos. Em 1904, foram feitos contratos com a Waffenfabrik Mauser para a produção de 290.000 espingardas e com a Deutsche Waffen und Munitionsfabriken para a produção de 210.000 espingardas. A Gewehr 98 recebeu o seu baptismo de fogo na Rebelião Boxer.

Karabiner 98a

A Karabiner 98a (Kar98a ou K98a) era uma versão mais curta da Gewehr 98 originalmente pensada para a cavalaria e unidades de suporte. O modelo original Karabiner 98, com um cano mais curto, foi produzida entre 1899-1908 mas não alcançou o sucesso. Em 1908 a Karabiner 98AZ foi aprovada. O "A" é abreviatura para "com baioneta" em alemão. Em 1923 o 'AZ' foi substituído pelo 'a' para distinguir dos modelos mais novos 'b' e 'k'.[carece de fontes?]

Durante a Primeira Guerra Mundial a Karabiner 98a foi destacada para equipar a cavalaria e tropas de montanha, sendo mais tarde atribuída a unidades de assalto. Esta arma era a preferida pelos soldados por ser mais leve que a Gewehr 98, sendo assim mais apropriada para o combate nas trincheiras.[carece de fontes?]

Karabiner 98b

A Karabiner 98b foi outra variante da carabina. A Karabiner 98b foi introduzida em 1923. Tinha essencialmente o mesmo comprimento que a Gewehr 98 mas era designada de carabina para estar de acordo com o Tratado de Versalhes que apenas permitia à Alemanha fabricar carabinas e não espingardas. A partir desta variante, mais tarde surgiu a Kar98k.

Em combate

A Gewehr 98 foi usada principalmente na 1ª Guerra Mundial embora tenha estado presente em várias acções coloniais nos anos que antecederam a guerra. Tal como outras espingardas da altura, era uma espingarda potente e precisa ideal para longo alcance mas era uma má escolha para luta corpo-a-corpo que se dava nas trincheiras.

A Gewehr 98 depois da Primeira Guerra Mundial

Um Mauser 98 e sua baioneta.

A Gewehr 98 tinha uma reputação tal, que após a guerra os soldados traziam a arma como troféu. Outros modificaram-na de modo a poder usar munições mais comuns e baratas. Depois da guerra, o Tratado de Versalhes deixou a Alemanha extremamente limitada em termos de poder militar. Os civis não podiam ter qualquer arma ou munições do exército, mas sendo a Gewehr 98 muito robusta e boa para a caça foram feitas modificações à magazine da espingarda especificamente para ser comercializada no mercado civil. Muitos exemplares da Gewehr 98 sobreviveram e serviram na 2ª Guerra Mundial, embora a grande maioria fosse convertida para carabina.

Ver também

Referências

  1. O Nosso Avô Foi à Guerra - Livro de Por Clemente; Rogeiro Rogeiro Google Books - acessado em 24 de junho de 2018
  2. «Five Supposed Mauser Firsts ... That Weren't - The Firearm Blog». thefirearmblog.com. 13 de abril de 2017 
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  • Mauser model 98
  • Mauser Military Rifles of the World, third ed. Ball, Robert W.D. Krause Publications.