Geophagus brasiliensis conhecido por cará (ou acará), acará-topete, acará-diadema ou beré, é uma espécie de peixe da família dos ciclídeos.
É bastante difundido na América do Sul, do Brasil até o Paraguai, Uruguai e norte da Argentina,[1], sendo endêmico na bacia do rio São Francisco,[2] bem como em outras bacias que deságuam no Oceano Atlântico. É encontrado em rios, lagos e lagoas próximas ligeiramente salobras. Foi introduzido em vários países como Estados Unidos, Austrália, Filipinas e Taiwan.[3] É bastante popular no aquarismo.[4]
O G. brasiliensis integra um complexo específico que também inclui as mais raras G. diamantinensis (da Chapada Diamantina, na Bahia[1]), G. iporangensis, G. itapicuruensis, G. multiocellus, G. obscurus, G. rufomarginatus e G. santosi (a maioria na Bahia ou em São Paulo, no caso da G. iporangensis).[5][1]
A espécie foi usada num estudo, em 2005, como parâmetro de indicador ambiental e da qualidade da água dos rios com a medição de parasitas nele presentes.[6]
Referências
- ↑ a b c Mattos, J.L.O., Costa, W.J.E.M. & Santos, A.C.A. (2015): Geophagus diamantinensis, a new species of the G. brasiliensis species group from Chapada Diamantina, north-eastern Brazil (Cichlidae: Geophagini). Ichthyological Explorations of Freshwaters, 26 (3): 209-220. (em inglês)
- ↑ Hugo P. Godinho; Alexandre L. Godinho (30 de janeiro de 2001). «Lista de peixes nativos da bacia do São Francisco». Peixes e pesca no Rio São Francisco. Consultado em 3 de abril de 2024. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2023
- ↑ «'Geophagus' brasiliensis» (em inglês). SeriouslyFish. Consultado em 11 de abril de 2024. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2023
- ↑ Froese, Rainer; Pauly, Daniel (eds.) (2014). "Geophagus brasiliensis" em FishBase. Versão Abril 2014.
- ↑ Mattos, J.L.O.; W.J.E.M. Costa (2018). «Three new species of the 'Geophagus' brasiliensis species group from the northeast Brazil (Cichlidae, Geophagini)» (PDF). Zoosystematics and Evolution. 94 (2): 325–337. doi:10.3897/zse.94.22685. Cópia arquivada (PDF) em 29 de janeiro de 2023
- ↑ Rubens Riscala Madi (2005). «Utilização dos helmintos parasitos de Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) (Cichlidae; Perciformes) como indicadores ambientais». Biblioteca Digital da UNICAMP. Consultado em 20 de agosto de 2014. Cópia arquivada em 21 de agosto de 2014