Geocaching
Geocaching é um passatempo e desporto de ar livre no qual se utiliza um receptor de navegação por satélite, como o GPS, para encontrar uma "geocache" (ou simplesmente "cache") colocada em qualquer local do mundo. Uma cache típica é uma pequena caixa (ou tupperware), fechada e à prova de água, que contém um livro de registro e alguns objectos, como canetas, afia-lápis, moedas ou bonecos para troca. A actividade de geocaching tornou-se possível devido ao fim da imposição da degradação do sinal do sistema GPS denominado Selective Availability em 1 de Maio de 2000. A primeira colocação de uma cache com auxílio de GPS ocorreu em 3 de Maio de 2000 por Dave Ulmer.[2] A localização foi anunciada no newsgroup sci.geo.satellite-nav. Três dias depois tinha sido encontrada duas vezes e registada uma vez. O Geocaching tornou-se então popular, com um significativo crescimento em todo o mundo. Em 29 de Novembro de 2009 contavam-se 948 950 caches activas em 221 países. Em 31 de Dezembro de 2010 contavam-se 1 265 747 caches activas em 221 países. O que regista um aumento de 316 797 caches em pouco mais de um ano. Todos estes números são anunciados no maior site dedicado ao jogo, o geocaching.com,[3] embora existam outras páginas dedicadas ao jogo, mas com muito menor número de registos. Geocacher é o termo usado para quem participa nesta actividade lúdica. GeocachesNuma cache tradicional, um geocacher coloca um livro de registos, caneta ou lápis e os pequenos tesouros, num saco à prova de água, e depois anota as coordenadas WGS84 (latitude e longitude) da cache. Estas, em conjunto com outra informação sobre o local do esconderijo, são publicadas na Internet. Os outros geocachers, os descobridores, lêem essa página e, com receptores GPS, procuram-na. Quando o conseguem, registam o achado na mesma página. Os Geocachers são livres de colocar ou retirar objectos da cache, normalmente por troca de coisas de pequeno valor, de modo a haver sempre qualquer recordação para trazer. Algumas caches contêm o que se chama de "travel bugs" ou "geocoins" - objectos que se deverão mover de cache em cache, e cujos percursos são registados online. Algumas variações:
Geocaching como um desportoMuita gente,[quem?] incluindo os geocachers, tem dúvidas em classificar o geocaching. Existem várias interpretações: desporto, caça, jogo, atividade ou apenas uma razão para dar uns passeios. O certo é que o geocaching pode obrigar a um esforço físico significativo dependendo da localização da geocache escondida, podendo exigir equipamento especial (material técnico de escalada, ou de mergulho, por exemplo). Mesmo assim, não deixa de ser acessível a todos. As geocaches são classificadas de 1 a 5 consoante o seu nível de dificuldade (esforço total necessário para a encontrar) e igualmente de 1 a 5 consoante a complexidade do terreno e do acesso ao local específico. O grau de dificuldade varia grandemente, havendo desde caches escondidas em parques públicos, monumentos, cidades até altas montanhas, desertos e mesmo na Antárctida. Deste modo cabe a cada um, decidir o tipo de cache que mais se adequada à sua condição física e ao tempo que pretende despender, pois existem cache que podem demoram 3 minutos a encontrar e outras que chegam a demorar horas. Geocaching e o ambienteUma das características que diferencia o geocaching de outras actividades é o esforço feito no sentido de preservar a natureza e criar consciência ambientalista. Para tal, é normalmente pedido aos utilizadores que removam algum lixo das áreas onde praticam geocaching ("Cache In, Trash Out" - CITO) e que deixem as áreas visitadas iguais ou em melhor estado que as encontraram ("Leave No Trace", "Take Nothing But Photos, Leave Nothing But Footsteps"). É usual também a realização de eventos CITO que envolvem milhares de geocachers em todo o mundo limpando uma área em particular.[carece de fontes] EventosEstes visam quase sempre uma comemoração, uma actividade física ou apenas encontros "meetup"[nota 1] para trocar experiências e histórias passadas . Geocaching nos países lusófonosNúmero de caches presentes em países lusófonos num período de um ano:[4]
Referências
Notas
Ver também
Ligações externas |