GAC
Em finais de 1975, Afonso Dias vai para a Assembleia Constituinte, substituindo Américo Duarte. Regressaria em Junho de 1976. O GAC participou no Festival RTP da Canção de 1975 com Alerta, canção orquestrada por Luís Pedro Faro que foi responsável pela maioria das harmonizações e orquestrações do GAC com participações ocasionais de Eduardo Paes Mamede. Por esta altura , alguns membros iniciais (como interpretes e letristas) do GAC (incluindo Adriano Correia de Oliveira, José Jorge Letria, Francisco Fanhais, Manuel Freire e Manuel Alegre) já tinham saído por diferendos ideológicos com a linha maioritária do grupo, por serem vistos como «reformistas» (tendendo à social-democracia) ou «revisionistas» (do marxismo).[1] Ao longo dos seus quase cinco anos de vida o GAC realizou centenas de sessões de canto por todo o país, em fábricas, no campo, nos quartéis. Isabel Silvestre incluiu uma versão de "Ronda do Soldadinho no seu álbum "A Portuguesa". DiscografiaOs primeiros singles são editados em 1975 e reunidos no LP "A Cantiga É Uma Arma". Por essa altura é criada a Cooperativa de Acção Cultural como entidade jurídica responsável pelas edições. Em 1976 foi lançado o segundo álbum "Pois Canté!", com 3 canções compostas por José Mário Branco 2 por João Lóio, 2 por José Júlio Gonçalves, 2 temas tradicionais e 2 de outros autores. Estas canções eram baseadas na música e em instrumentação tradicional portuguesa (bombos, adufes), mas onde também há lugar para instrumentos clássicos (violinos, oboés). E sempre poemas de intervenção como "As Mãos dos Trabalhadores" ou "Casas Sim! Barracas Não!".[2] José Mário Branco abandona o grupo. O GAC editará ainda os álbuns "Vira Bom" e "Ronda da Alegria" e terminaria em 1978. Os quatro álbuns gravados pelo Grupo de Acção Cultural (GAC) - Vozes na Luta foram remasterizados e editados em Abril de 2010.
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