Fucus spiralis é morfologicamente similar às espécies F. vesiculosus e F. serratus, as outras espécies comuns de Fucus das costas da Europa. A espécie é frequentemente confundida com Fucus vesiculosus, uma espécie estreitamente aparentada e com a qual hibridiza.[3]
As frondes de F. spiralis são de cor castanho-esverdeados, com laivos amarelados, crecendo até 30 cm de comprimento[2]. Os talos ramificam-se dicotomicamente de forma ligeiramente irregular na sua parte distal. As frondes ligam-se ao substrato rochoso por um rizóide de forma discóide.[4]
As frondes são constituídas por talos planos, coriáceas, com uma pseudo-nervura central, claramente retorcidas em espiral, sem bordos serrilhados, característica que distingue F. spiralis das espécie morfologicamente similar F. serratus. Não apresente vesículas de gás (aerocistos) o que a distingue de F. vesiculosus.[4][5]
O ciclo de vida da espécie é simples e baseia-se em órgãos reprodutores instalados na parte distal das frondes. Os órgãos reprodutores têm forma arredondada e instalam-se sobre zonas espessadas nos extremos distais dos talos, usualmente em pares. Nos conceptáculos, depois da meiose, são produzidos oogónios e anterídios que são libertados de imediato. A fertilização é externa e o zigoto desenvolve-se directamente num novo indivíduo, ou seja num esporófitodiplóide.
O tremoço-do-mar é uma alga comestível e faz parte da gastronomia tradicional dos Açores, sendo considerada um petisco.[13][14]
Com base num estudo, levado a cabo pela Universidade do Porto em 2008, foi determinado que, por cada 100 gramas de tremoços-do-mar secos há um valor médio de lípidos 1,87 gramas.[15]