Frisada
A frisada (Mareca strepera)[2] é uma ave da família dos Anatídeos. TaxonomiaAlém do nome científico Mareca strepera, também lhe toca o antigo nome taxonómico Anas strepera. A alteração de género de Anas para Mareca decorre por virtude das recomendações emitidas pelo IOC, que determinou, com base em estudos publicados em 2009 que o género Anas não era monofilético, pelo que foi dividido em 4 géneros monofiléticos, dentre os quais se conta o género Mareca, onde se inseriram 5 espécies extantes. [3][4] EtimologiaDo que toca ao nome científico:
DescriçãoEsta espécie de pato marreco mede cerca de 50 centímetros de comprimento.[11] Trata-se de uma espécie com dimorfismo sexual, de maneira que o macho e a fêmea têm aspecto diferente.[11] As características mais emblemáticas evidenciam-se nos machos, cujos dorsos se matizam em tons que variam entre o castanho-canela e o cinzento.[11] A plumagem, vista lateralmente, apresenta rendilhado acinzentado, ao passo que o ventre se mostra mais alvadio e as penas infracaudais integralmente pretas.[11] A frisada fêmea assemelha-se muito à fêmea do pato-real, dela se distinguindo mormente por causa do espelho branco nas asas e pelo bico alaranjado.[11] Quando se observa em pleno voo, a frisada fêmea afigura-se mais esbelta do que a pata-real, sendo que os atributos que mais sobressaem são o abdómen e o espelho das asas, ambos de coloração alvadia[11]. Contudo, há caracteristícas partilhadas por ambos os géneros, com efeito, como o espelho branco nas asas.[11] É um dos patos menos coloridos da Europa, pois a plumagem é essencialmente cinzenta e preta. As fêmeas, mais acastanhadas, são parecidas com as fêmeas de pato-real.[12] DistribuiçãoEste pequeno pato nidifica em latitudes temperadas. Na Europa está presente nas regiões a sul do paralelo 60 ºN. PortugalEm Portugal a frisada ocorre durante todo o ano, havendo dois tipos de populações: a residente e a invernante.[11] A população residente, por sinal com poucos efectivos, durante a época de reprodução, distribui-se sobretudo pelo Alentejo interior e, mais localmente, pelo Algarve.[11] Durante o período de invernada, com a chegada de espécimes invernantes oriundos de outros países europeus, a espécie tem uma distribuição mais alargada, podendo avistar-se de norte a sul do país, amiúde em bandos pouco numerosos. Frequenta sobretudo massas de água pouco profundas, como salinas, açudes e ribeiras.[11] Associa-se com frequência a outras espécies de patos.[11] SubespéciesSão reconhecidas 2 subespécies:
ConservaçãoEsta espécie encontra-se listada no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal com o estatuto de Vulnerável. Referências
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