Francisco Marto
Francisco de Jesus Marto (Aljustrel, Fátima, 11 de junho de 1908 — Aljustrel, Fátima, 4 de abril de 1919)[1][2] foi um dos três pastorinhos que afirmou ter visto Nossa Senhora, na Cova da Iria, em Fátima, entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II, no dia 13 de maio de 2000, no Santuário de Fátima, em Portugal, e foi canonizado pelo Papa Francisco, no mesmo local, no dia 13 de maio de 2017, por ocasião das celebrações do centenário das aparições de Fátima.[3] Ele e sua irmã Jacinta Marto foram as primeiras crianças santas não-mártires da Igreja Católica. BiografiaUm dos filhos de Manuel Pedro Marto e de sua mulher Olímpia de Jesus dos Santos, Francisco nasceu a 11 de junho de 1908, foi baptizado na Igreja Paroquial de Fátima, a 20 de junho de 1908[4], e era uma criança típica do Portugal rural da época. Como não era obrigatório, ele não frequentava a escola e trabalhava como pastor em conjunto com a sua irmã Jacinta Marto e a sua prima Lúcia dos Santos. Após os eventos sobrenaturais que viriam a ser conhecidos como "as aparições de Fátima", Francisco ingressou no ensino primário, mas por motivo de doença acabou por deixar de assistir às aulas. De acordo com as memórias de Lúcia, Francisco era um rapaz muito dado, mas calmo, e gostava de música, o qual mostrava habilidade no pífaro. Sendo muito independente nas opiniões, era, no entanto, pacificador, e mostrava-se muito respeitoso pelas pessoas. Conta a sua prima que até os animais não escapavam à sua caridade. Na sequência das aparições marianas, o comportamento dos dois irmãos alterou-se e desde então Francisco passou a preferir rezar sozinho. Marcado pelas palavras de Nossa Senhora para "que não ofendam mais a Deus", ele retirava-se na solidão "para consolar Jesus pelos pecados do mundo". As três crianças, particularmente o Francisco, tinham o costume de praticar mortificações e penitências, mas que Nossa Senhora, numa das Suas aparições, pedira moderação. Contudo, como penitência, Francisco deixara de ir à escola e escondia-se para fazer reparação pelos pecadores. É possível que os prolongados jejuns o tenham enfraquecido a ponto de sucumbir à epidemia gerada pela pneumónica que varreu a Europa em 1918, em consequência da Primeira Guerra Mundial. Ele acabou por falecer em casa, na freguesia de Fátima, a 4 de abril de 1919.[4] O seu corpo encontra-se sepultado na Basílica de Nossa Senhora do Rosário em Fátima. Francisco e a irmã Jacinta Marto foram beatificados pelo Papa João Paulo II em 13 de maio de 2000. O seu dia festivo é 20 de fevereiro. A sua canonização realizada pelo Papa Francisco ocorreu no dia 13 de maio de 2017, por ocasião das celebrações do centenário das aparições de Fátima. Eventos históricosApresenta-se a seguir uma cronologia de alguns eventos históricos relacionados com Francisco Marto:
Referências
Ver tambémLigações externas
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