Flamínio Vacca

Flamínio Vacca
Flamínio Vacca
Nascimento 1538
Roma
Morte 26 de outubro de 1605 (66–67 anos)
Roma
Sepultamento Panteão
Ocupação escultor, restaurador
Leão de Vacca, um dos dois leões de Médici, atualmente em Florença.

Flamínio Vacca ou Flamínio Vacchi (em italiano: Flaminio Vacca; Caravaggio ou Roma, 1538 – Roma, 1605 (67 anos)) foi um escultor italiano ativo principalmente em Roma. Sua "Memorie di varie antichità trovate in diversi luogia della Città di Roma"[a] é a principal fonte de informação sobre sua vida e revelam em grandes detalhes as descobertas de esculturas romanas e antiguidades no final do século XVI e também sobre a destruição de muitos monumentos, especialmente para o grandioso programa urbanístico do papa Sisto V.

História

Suas principais obras em Roma são: "São Francisco", na capela funerária do papa Pio V, projetada por Domenico Fontana, na basílica de Santa Maria Maggiore, um dos quatro anjos de mármore na terceira capela à direita da Igreja de Jesus e "São João Evangelista" e "São João Batista" no braço direito do transepto da Chiesa Nuova, ambos assinados.

Para a notoriamente estranha fonte que marca o terminus do aqueduto romano Acqua Felice, Vacca contribuiu com um dos anjos (documentado em 1588-9) que sustentam o brasão do papa Sisto V que coroa o nível superior e um baixo-relevo, "Josué lidera seu povo na travessia do Jordão". Nos recibos de pagamento destas encomendas, está indicado um parceiro no trabalho, Pietro Paolo Olivieri[1].

Epitáfio de Vacca no Panteão.

Seu auto-retrato (1599) está conservado na Protomoteca Capitolina, no Capitólio. Na Villa Medici, os dois "leões Médici", de mármore, ladeiam a escadaria; um é romano e o outro foi esculpido para completar o par em 1600, por Flamínio Vacca. A cópia de Vacca foi substituída por uma cópia quando a Villa Medici foi vendida ao grão-duque da Toscana e ambas foram movidas para a Piazza della Signoria, em Florença, onde ladeiam a escadaria da Loggia dei Lanzi. Em Santa Susanna, os profetas "Ezequiel e Daniel" foram atribuídos a ele[2].

Vacca foi um dos membros fundadores da Confraria dos Virtuosos (Confraternità dei Virtuosi), fundada no Panteão por Desiderio da Segni, um cônego de Santa Maria ad Martyres, a igreja que funcionava no edifício do Panteão e o preservava, para assegurar a devoção constante na Capela de São José na Terra Santa. Entre outros membros fundadores estavam Antonio da Sangallo, o Jovem, Jacopo Meneghino, Giovanni Mangone, Taddeo Zuccari e Domenico Beccafumi.

A reputação de Vacca na época de sua morte fez dele um candidato a ser sepultado no Panteão, o que de fato aconteceu. Lá, seu modesto epitáfio diz "Flaminio Vacca", esculctor romano, que, em suas obras, jamais se satisfez"[b].

Existem algumas esculturas suas foram de Roma, como o sacrário (1587) da Capela do Santíssimo da Igreja de San Lorenzo em Spello.

Notas

  1. Roma 1594, republicada como um suplemento da "Roma Antica", de Famiano Nardini (1666), republicada por Carlo Fea (1790).
  2. "D.O.M. Flaminio Vaccae Sculptori Romano qui in operibus quae facit nunquam sibi satisfecit". A inscrição foi copiada no diário do italiano Bernard Montfaucon e, por conta de uma uma série de referências, resultou num artigo no Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, de William Smith[3].

Referências

  1. Steven F. Ostrow, "The discourse of failure in seventeenth-century Rome: Prospero Bresciano's Moses", The Art Bulletin (junho 2006) notas 4 e 5.
  2. Touring Club Italiano, Roma e dintorni 1965
  3. Este artigo contém texto do artigo «Vacca Flaminius» do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).

Bibliografia

  • Sergio Lombardi, "Flaminio Vacca," in Roma di Sisto V: Le arti e la cultura, Maria Luisa Madonna, ed. (Rome: De Luca, 1993)
  • Valentino Martinelli, "Flaminio Vacca, scultore e antiquario romano", in Studi romani, 2.2, (1954:154-164)

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Flamínio Vacca