Fisiognomonia (Aristóteles)A Fisiognomia (em grego classico, Φυσιογνωμονικά; em latim, Physiognomonica) é um antigo tratado grego sobre a fisiognomia atribuído a Aristóteles (e incluído no Corpus aristotelicum), mas que hoje se acredita ter sido escrito por um autor que viveu em aproximadamente 300 a.C.[1][2] Fisiognomia antiga antes de A FisiognomiaApesar de a Fisiognomia ser o mais antigo tratado grego que sobreviveu até nós sobre o assunto, textos preservados em tábuas de argila sugerem evidência de manuais de fisiognomia desde a primeira dinastia babilônica, contendo estudos divinatórios sobre o significado agourento de diversas disposições corporais. Neste momento a fisiognomia é “um ramo específico e já teorizado do conhecimento” e herdeiro de uma tradição técnica de longo desenvolvimento.[3] Conquanto formas de pensamento vagamente fisiognômico estavam presentes na literatura grega, como em Homero, por exemplo, a fisiognomia em si não foi conhecida antes do período clássico. O termo “fisiognomia” aparece primeiramente no quinto século a. C. no tratado do corpus de Hipócrates chamado “Epidemia” (II.5.1). Ela é mencionada em um trabalho de Antístenes sobre os sofistas, o que evidencia seu reconhecimento como arte (tekhné).[3] No tempo de Aristóteles, a fisiognomia era reconhecida como arte (tekhné) com seus próprios praticantes especializados (tekhnitai), como vemos em uma referência na Geração dos Animais (IV.3):[3]
Já na antiguidade, as pretensões da fisiognomia a fundamentos científicos eram questionados e debatidos. Tem ligações com a antiga medicina grega, mas também com a magia e adivinhação.[3] O tratadoEstrutura de conteúdoO tratado é dividido em seções sobre a teoria (805a1-808b10) e o método (808b11-814b9). As ligações entre características do corpo e a personalidade são tratados em detalhes, catalogando doze tipos de nariz, por exemplo.[1] Ligações com AristótelesO tratado pseudo-aristotélico começa com uma alusão aos Analíticos anteriores de Aristóteles (II.27, sobre a correção corpo-alma), e muitas das ligações fisiognômicas discutidas são mencionadas especificamente na História dos animais.[1] InfluênciaO esquema sistemático do autor sobre as relações fisiognômicas não foi adotado por outros escritores do assunto; a proliferação de ensinamentos incompatíveis teve “o efeito cumulativo de minar a autoridade da profissão como um todo".[1] Referências
Ligações externas
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