Filipe Luís II, Conde de Hanau-Münzenberg
Filipe Luís II de Hanau-Münzenberg (Hanau, 18 de novembro de 1576 — Hanau, 9 de agosto de 1612), foi um dos condes mais conhecidos de Hanau durante a idade moderna, tendo introduzido muitas mudanças com as suas políticas. Nasceu no Castelo de Hanau e foi baptizado duas semanas depois, no dia 3 de dezembro de 1576. Era filho do conde Filipe Luís I de Hanau-Münzenberg e da condessa Madalena de Waldeck. RegênciaFilipe sucedeu nominalmente ao seu pai depois de este falecer a 4 de Fevereiro de 1580, tendo sido criada uma regência liderada pelo conde João VI de Nassau-Dillenburg, o conde Luís I de Sayn-Wittgenstein e o conde Filipe IV de Hanau-Lichtenberg, que foi substituído em 1585 pelo seu filho, o conde Filipe V de Hanau-Lichtenberg. A sua mãe viúva, Madalena, casou-se no dia 9 de Dezembro de 1581 com o conde João VII de Nassau, filho de um dos seus regentes. Devido a esta união, Filipe e o seu irmão mais novo, o conde Alberto, mudaram-se para a corte de Nassau-Dillenburg que era na altura um centro do movimento da Reforma na Alemanha e tinha laços próximos com o eleitorado palatino do Reno. As ideias que adquiriu durante este período viriam a ter grande influência na sua vida. A regência acabou apenas em 1608, a pedido do príncipe-leitor Frederico IV. FamíliaDurante uma festa de casamento que durou de 23 de Outubro até 3 de Novembro de 1586, Filipe casou-se com a condessa Catarina Bélgica de Nassau, de quem teve os seguintes filhos:
ReinadoAs políticas do conde Filipe Luís II são notáveis pelo sentido de modernização que o conde queria aplicar no seu pequeno estado. Quando se casou, Filipe tornou-se maior de idade, mas a regência continuou para o seu irmão mais novo, Alberto. Recorrendo ao seu direito cuius regio, eius religio, mudou a confissão do seu condado para o calvinismo. Conseguiu converter quase todos os habitantes que se encontravam sob a sua influência, à excepção de algumas aldeias no distrito de Bornheimerberg que rodeava Frankfurt. Estas aldeias tinham laços fortes com essa cidade maioritariamente luterana e a maioria dos seus habitantes continuou a frequentar igreja em Frankfurt. Também não conseguiu mudar nada nos condomínios que partilhava com o arcebispo católico de Mainz, já que os seus habitantes se tinham convertido ao luteranismo durante a Reforma ou então permaneciam católicos. A introdução do calvinismo e a sua localização a pouco mais de meio dia de viagem de Frankfurt, bem como a liberalização do comércio, fizeram de Hanau um local chamativo para refugiados calvinistas franceses e, mais tarde, holandeses. Estes refugiados eram frequentemente comerciantes abastados que se tornaram habitantes benéficos para o condado que precisava de obter mais receitas nos impostos. Em 1597 e 1604, a corte e os refugiados assinaram dois tratados que lhes deram um grande nível de autonomia e levou à criação da "Nova Cidade" de Hanau, a sul da cidade medieval. Esta medida foi um grande sucesso e ajudou ao crescimento económico de Hanau que durou até ao século XIX. Filipe Luís II também reintegrou a comunidade judaica em Hanau. Foi arranjado um local para os judeus a sul das fortificações da cidade histórica que já não era necessário devido ao sucesso da nova cidade que protegia este lado da cidade. Este bairro não fazia parte de nenhuma das cidades, mas foi colocado sob controlo administrativo do condado. Filipe também tentou abrir uma universidade. Abriu a "Hohe Landesschule" em Hanau que foi modelada tendo por base a Academia de Herborn onde o conde tinha estudado. Mesmo assim, esta escola acabou por nunca se tornar uma universidade, embora continue a existir como escola secundária até aos dias de hoje. Genealogia
Referências
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