Filinto Costa Alegre
Filinto Guilherme d'Alva Costa Alegre (9 de Julho de 1952, Água Porca, Água Grande, São Tomé) é um advogado, jurista e político de São Tomé e Príncipe. BiografiaNasceu em 9 de Julho de 1952 em São Tomé, um ano antes do Massacre de Batepá. Ingressa no então Liceu Nacional D. João II, concluindo seus estudos secundários, rumando em seguida para Lisboa[1]. Aos 22 anos, interrompe os seus estudos universitários em Portugal e regressa a São Tomé, para fundar e dirigir a Associação Cívica Pró-Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, primeira organização nacionalista efectivamente implantada em São Tomé e Príncipe. Na sequência da mobilização e da reivindicação socioeconômica e política conduzida pela Associação Cívica, São Tomé e Príncipe viria a tornar-se independente em 12 de Julho de 1975[1]. Juntamente com muitos dos membros da Associação Cívica, é perseguido politicamente pelo ala do MLSTP agrupada na figura Pinto da Costa[2], sendo obrigado, sob intervenção humanitária de sua amiga Alda do Espírito Santo, a partir para o exílio em Moçambique[3]. Quatro anos depois (1979), concluiu a Licenciatura em Direito na Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane em Maputo, Moçambique. Em 1991 concluiu o Mestrado em "Port and Shipping Administration", na World Maritime University, em Malmo, na Suécia, tendo a sua dissertação de mestrado incidido sobre "A Fraude Marítima". Opositor do regime de partido único vigente em São Tomé[4], Filinto Costa Alegre foi um dos fundadores do Grupo Reflexão, organização que liderou a luta pela instauração do processo democrático em São Tomé e Príncipe. Transformada em Partido Convergência Democrática - Grupo Reflexão, a organização viria a vencer, com maioria absoluta, as primeiras eleições multipartidárias realizadas em são Tomé e Príncipe, em Março de 1991. Torna-se, então, Líder da Bancada Parlamentar da nova maioria, função de que se afastou, em 1994, alegando "desilusão política". Após abandonar temporariamente a política, assume as funções de Técnico Superior do Ministério da Justiça, Magistrado do Ministério Público, Magistrado Judicial e Assessor Jurídico do Banco Central de São Tomé e Príncipe[5]. Alguns meses antes das eleições legislativas de 2006, participa na criação, organização e direcção do Movimento de Descontentes, denominado NOVO RUMO que, enquanto movimento alternativo saído da sociedade civil, concorre às referidas eleições. Entretanto, é eleito Membro do Conselho Superior Judiciário, órgão de auto-governo das Magistraturas; em 2007 toma posse como membro do Conselho do Estado, órgão Constitucional de consulta, em certos casos vinculativa, do Presidente da República. Em 2011, candidatou-se como independente nas eleições presidenciais terminando em 7º lugar, com 3,99% dos votos[6]. Vida pessoalVive, em segundas núpcias, com Josina Sá Menezes Dias Umbelina, sendo pai de quatro filhos. Referências
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