Filarco (historiador)Filarco foi um escritor e historiador da Grécia Antiga que teve seus trabalhos e obras perdidos. Antes disso, o conteúdo produzido por ele foi muito aproveitado por outros historiadores que contribuíram em suas épocas e tiveram seus textos conservados. VidaFilarco foi contemporâneo de Arato, durante o século III a.C. Seu local de nascimento permanece duvidoso. De acordo com Suda, conhecida como a primeira enciclopédia da humanidade, três cidades aparecem como possíveis cidades de origem: Atenas, na Grécia; Náucratis, no Egito; e Sicião, também na Grécia. Ateneu, outro escritor da Grécia Antiga, costumava mencionar que Filarco havia nascido em Atenas ou Náucratis. Acredita-se que a segunda seja sua verdadeira cidade natal e que, depois, ele se mudou para a capital grega, onde passou a maior parte de sua vida. Também não há certeza sobre o período de vida de Filarco. O geógrafo e historiador Políbio cita, em suas obras, que ele viveu na mesma época que Arato e, por isso, ambos trataram de assuntos similares em suas produções individuais. Arato, nascido em Sicião, viveu entre os anos 271 e 213 a.C.. InfluênciaA atuação de Filarco como historiador foi muito criticada por Políbio, que reclamava de uma espécie de favorecimento feito por Filarco a Cleômenes III, rei de Esparta, e de menosprezo por Arato e pela liga dos Aqueus. É incerta a fundamentação utilizada, mas as críticas podem estar ligadas ao fato de que Políbio defendia Arato e seu grupo político, e depreciava Cleômenes III. Mesmo assim, ele não foi o único a acusar a parcialidade de Filarco. O também escritor Plutarco, criador da obra Vidas Paralelas, foi outro que contestou os textos de Filarco. Mesmo assim, acredita-se que Plutarco e Pompeu Trogo, escritor do século I a.C., tenham utilizado o que foi escrito por Filarco. Exemplo disso está presente no capítulo de Vidas Paralelas em que Plutarco fala sobre o cotidiano do rei Cleômenes III. EstiloO estilo de Filarco foi fortemente censurado por Políbio, que o acusava de escrever história apenas pelo efeito dos textos, além de incentivar sentimentos exagerados de seus leitores com uma narrativa baseada em violência e terror. Essas características podem ser observadas nas poucas produções de Filarco que sobreviveram ao passar do tempo. Entretanto, a necessidade dos cortes feitos por Políbio ainda é questionável, já que este não escrevia com o mesmo caráter criativo e imaginário utilizado por Filarco. Alguns caracterizam o trabalho de Filarco como ambicioso e, de certa forma, oratório e declamatório. Ao mesmo tempo, as criações eram vivas, atraentes e retratavam as situações de forma animada e vívida. Por outro lado, Filarco é visto pelo crítico literário Dionísio de Halicarnasso como negligente em sua combinação de palavras. Um exemplo de seu estilo pode ser apresentado com um trecho do livo XXII:
(Ateneo, XII, 536de.) Trabalhos reconhecidosA Suda credita Filarco pelos seguintes seis trabalhos escritos:
ReferênciasEste artigo foi inicialmente traduzido dos artigos da Wikipédia em inglês e italiano, cujos títulos são «Phylarcus» e «Filarco de Atenas»
|