Fernando Eiras
Fernando Antônio Alvim Eiras (Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 1957) é um ator e roteirista brasileiro. É bastante atuante no teatro, apesar de também atuar no cinema e na televisão e tendo ganhando prêmios de atuação como o Candango de Melhor Ator em duas edições do Festival de Brasília. É filho de Haroldo Eiras. BiografiaPrimeiros anosComeça cedo, aos 14 anos, na vida artística, tendo interesse em ser ator desde jovem. Seu pai, o compositor e radialista Haroldo Eiras, o apresenta ao ator e diretor Ziembinski. Ele propõe alguns exercícios de leitura ao jovem Fernando, e recebe aprovação e incentivo para seguir a carreira do mestre, que o aconselha a cursar O Tablado, escola de teatro fundada em 1951 no Rio de Janeiro pela escritora e dramaturga Maria Clara Machado.[1] Ele fica na escola por três anos, entre 1972 e 1974, período onde participa da remontagem de três peças de Maria Clara, A Volta do Camaleão Alface, onde atua como Maneco, O Embarque de Noé onde interpreta um pinguim e O Boi e o Burro no Caminho de Belém onde atua como um "clown-mendigo". No mesmo periodo, se aproxima de Klauss Vianna, Angel Vianna e do diretor Luiz Mendonça, com quem encena o musical Faça do Coelho, o Rei em 1977.[2] Carreira no teatroSua estreia profissional acontece em 1976, integrando o coro e interpretando o guarda que toma conta da personagem Branca Dias em O Santo Inquérito, de Dias Gomes. A peça é dirigida por Flávio Rangel, com o qual trabalha novamente em 1977 na peça A Morte de um Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, onde trabalha com Paulo Autran, protagonista da peça.[2] A partir daí, Fernando não para mais de atuar no teatro. Em 1981, faz parte do musical de sucesso Village, de Ira Evans, dirigido por Wolf Maya, onde atua com Louise Cardoso e Guilherme Karan, e volta a trabalhar com o diretor Luiz Mendonça em Barreado, de Ana Elisa Gregori, pela onde atua com Elizabeth Savalla, Germano Filho e Miriam Pires. Em 1982, atua em Flor do Milênio, de Denise Emmer e Sérgio Fonta, com direção de Rubens Corrêa. Ele conheceu Rubens e também Ivan de Albuquerque naquele ano, quando começa a participar do Teatro Ipanema.[2] Faz parte da peça Mahagonny, de Bertolt Brecht, dirigida por Luís Antônio Martinez Corrêa, em 1986, de Ensaio nº 4 - Os Possessos, dirigida por Bia Lessa, em 1987, e ainda em 1987, faz o antagonista de George Dandin, de Molière, dirigida por Ivan de Albuquerque com Rubens Corrêa, Lídia Brondi, Luiz Maçãs e outros do Teatro Ipanema. Em 1991 e 1992 atua em Uma Estória de Borboletas, peça com texto de Caio Fernando Abreu dirigida por Gilberto Gawronski, e em Bumba-Meu-Boi Modernista, de Sebastião Milaré, em que interpreta o poeta Mário de Andrade.[2] Retorna aos musicais em 1993 em Nada Além de uma Ilusão, dirigido por Luiz Arthur Nunes, onde interpreta Custódio Mesquita, e em Pixinguinha, já em 1994, de Fátima Valença, dirigido por Amir Haddad. Em 1995, é indicado pela primeira vez ao Prêmio Shell por sua atuação em Noite Feliz, peça dirigida por Flávio Marinho. Faz grande sucesso com a peça As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, dirigida por Enrique Diaz em 1999.[2] É novamente indicado ao Prêmio Shell pelo papel de Mefisto em Fausto, de Goethe, dirigida por Moacir Chaves em 2003. Na peça Ensaio.Hamlet, em 2004, criada pela Companhia dos Atores baseada em obras de Shakespeare, é amplamente aclamado por sua interpretação de vários personagens como Horácio, Polônio, Laertes e Ofélia. Recebe o Prêmio Qualidade Brasil em 2004 por ela.[2][3] Carreira na televisão e cinemaQuando ainda estava começando sua prestigiada carreira teatral, Fernando Eiras também começou a atuar na televisão. Sua primeira telenovela foi Sinal de Alerta, em 1978, na Rede Globo. Nos anos seguintes, participa da Pai Herói, Água Viva, Pátria Minha e outras participações diversas no canal, como na série Você Decide. Fez também trabalhos na Manchete, como Dona Beija, Olho por Olho e Xica da Silva. Em 1995, atuou no filme O Mandarim, seu primeiro longa-metragem, pelo qual foi premiado como Melhor Ator de Cinema no Festival de Brasília.[3][4] Em 2005 fez o filme Incuráveis, pelo qual recebeu, dez anos depois do primeiro prêmio, um novo Candango de Melhor Ator de Cinema no Festival de Brasília. No mesmo ano, recebeu o Kikito de Melhor Ator no Festival de Gramado pela atuação no curta Berenice.[4] Em 2006, atuou na novela Páginas da Vida.[5][3] Em 2015, interpretou Mário Magalhães, marido de Nise da Silveira, no filme Nise: O Coração da Loucura. Em 2017, interpretou o economista Winston Fritsch no filme baseado em fatos reais Real: O Plano por Trás da História.[6] Recentemente, atuou em novelas como Cordel Encantado, Sete Vidas e o remake de Guerra dos Sexos e séries como As Brasileiras. Suas participações mais recentes na televisão foram na telenovela da Globo A Dona do Pedaço, interpretando o Padre Elias, e na série da HBO A Vida Secreta dos Casais.[7][8][9] CarreiraNa televisão
No cinema
No teatro
Premiações
Prêmio Qualidade Brasil Prêmio Shell
Referências
Ligações externas
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