Família bin LadenA família Bin Laden (em árabe: بن لادن, bin Lāden), também chamada de Bin Laden, é uma família abastada intimamente ligada com os círculos mais internos da família real saudita. A família foi posta sob os holofotes da mídia em decorrência das atividades terroristas do mais conhecido de seus membros, Osama bin Laden, o ex-chefe da Al Qaeda, o grupo terrorista responsável pelo ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra edifícios comerciais e do governo dos Estados Unidos. Os interesses financeiros da família Bin Laden são representados pela Saudi Binladen Group, um conglomerado global de petróleo e gestão de patrimônio arrecadando US $ 57 bilhões por ano, sendo a maior empresa de construção do mundo, com escritórios em Londres, Dubai e Genebra. De acordo com um diplomata americano, a família Bin Laden também é proprietária de parte da Microsoft e da Boeing.[1] Origens da famíliaA família tem suas origens em um pobre e ignorante hadramita chamado bin Laden, membro de uma tribo Kendah da aldeia de Al Rubat em Wadi Doan no Vale de Tarim, província de Hadramout, Iêmen; este faleceu em 1919. Seu filho foi o xeque Muhammed bin Awad bin Laden (falecido em 1967). Muhammed bin Laden era um Shafi'i (sunita) nativo da costa sul do Iêmen, e emigrou para a Arábia Saudita antes da Primeira Guerra Mundial. Ele montou uma empresa de construção civil e chamou a atenção do Rei Abdul Aziz ibn Saud, através de projetos de construção, fazendo posteriormente contratos relativos a grandes obras de reforma em Meca, onde ele fez sua fortuna inicialmente através de direitos exclusivos sob a construção e reforma de todas as mesquitas e outros edifícios religiosos, não só na Arábia Saudita, mas até onde alcançava a influência de Ibn Saud.[1] Até sua morte, Mohammed bin Awad bin Laden tinha controle exclusivo sobre as restaurações na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. Logo a rede dos Bin Laden se estendeu para muito além das empresas locais de construção. A intimidade especial que Muhammed Awad bin Laden tinha com a monarquia foi herdada pela geração mais jovem dos bin Laden. Os filhos de Muhammed foram estudar no Victoria College de Alexandria, no Egito. Seus colegas incluíram o rei Hussein da Jordânia, Zaid Al Rifai, os irmãos Kashoggi (cujo pai era um dos médicos do rei), Kamal Adham (que dirigia a Direção-Geral de Inteligência sob o Rei Faisal), os atuais empreiteiros Mohammed Al Attas, Fahd Shobokshi e Ghassan Sakr e o ator Omar Sharif. Quando Muhammed bin Laden morreu em 1967, seu filho Salem bin Laden assumiu aos empreendimentos familiares, até sua própria morte acidental em 1988. Salem foi um dos pelo menos 54 filhos que Muhamed teve com várias esposas.[1] Os dois amigos mais íntimos do Rei Fahd foram príncipe Mohammed bin Abdullah (filho do irmão mais novo de Abdul Aziz ibn Saud) que morreu no início de 1980 e Salem bin Laden, que morreu em 1988, quando uma aeronave ultraleve que ele estava voando caiu em linhas de alta tensão em San Antonio, Texas.[2] Membros da famíliaOficiais de inteligência americanos e europeus estimam que todos os parentes da família totalizem 600 pessoas. Em 1994, a família Bin Laden repudiou Osama e o governo saudita revogou seu passaporte.[3] O governo saudita também despojou Osama bin Laden de sua cidadania, [2] por declarações públicas contra eles por permitir que tropas estadunidenses fossem baseadas na Arábia Saudita em preparação para a Guerra do Golfo de 1991. Os ramos da família, com base nas nacionalidades das esposas, incluem o mais destacado "grupo saudita", um "grupo sírio", um "grupo libanês", e um "grupo egípcio". O grupo egípcio emprega 40.000 pessoas sendo o maior investidor estrangeiro privado do país. Osama bin Laden é o único filho da décima esposa de Muhammed bin Laden, Alia [4] Hamida al-Attas, que era de origem síria,[5] fazendo Osama um membro do grupo sírio. Primeira Geração
Segunda Geração
A ligação de Bin Laden era através do filho de um sultão do Iêmem, que havia sido radicalizado pelos membros da Síria da Irmandade Muçulmana. Mahrous ficou preso por um tempo, mas a pedido da família ao governo da Arábia Saudita, ele não foi decapitado juntamente com 63 outros envolvidos, que tiveram suas execuções públicas transmitidas pela televisão saudita ao vivo. Mais tarde anistiado, ele ingressou nos negócios da família, e tornou-se gerente da filial das empresas bin Laden em Medina, e um membro do conselho da SBG;
Consta que ele ajudou a organizar o ramo Americano da Assembléia Mundial da Juventude Muçulmana (WAMY, ocasionalmente relatada como o Congresso Mundial da Juventude Muçulmana) em Falls Church, Virgínia, durante a década de 1990 com seu irmão e Abdallah Kamal Kamal Helwabi ou HELBAWY, um membro da Irmandade Muçulmana egípcia, que agora se caracteriza como um moderado. Terceira Geração
Saad teria chegado no Irã, em 2002, proveniente do Afeganistão, com um passaporte falso usando o nome do iraniano Saad Mahmoudian, o funcionário da alfândega imediatamente reconheceu que o passaporte era falso, ele foi revistado e interrogado brevemente e de segurança dos aeroportos notificados, mas o Ministério da Inteligência e Segurança Nacional do Irã não foi (que também é responsável pela identificação de pessoas detidas em aeroportos), como seira o habitual. Como resultado, o oficial não encontrou nada suspeito sobre sua entrada e lhe permitiu deixar Teerã. Acreditasse ser ele um dos responsáveis pela explosão de uma sinagoga da Tunísia em 11 de abril de 2002. Também lhe é atribuido a participação em um atentado suicida em 12 de maio de 2003 em Riade, e os bombardeios no Marrocos quatro dias depois. Acredita-se que ainda esteja no Irã, mas outros afirmam que ele foi preso ou fora deportado pelo governo iraniano para o Afeganistão ou Paquistão por ser o suposto autor dos atentados de 2005 em Qom.
Por um tempo Omar teve sua própria companhia empreiteira em Jidá. Omar tem um filho, Ahmed com sua ex-esposa de quem se divorciou. Em setembro de 2006 casou-se com Zaina e estão agora vivendo em um local secreto no Catar. Em 2008, Omar aproximou de Jean Sasson, autora best-seller internacional, "Princess: A True Story of Life Behind the Veil" sobre como escrever sua história de vida.
Árvore genealógica
Raymond bin Laden
Filhos de Osama bin LadenFilhos reconhecidos de Osama bin Laden de suas respectivas esposas, incluem
ControvérsiasAlegadas ligações comerciais da família Bush e Bin LadenMichael Moore, em seu controverso filme Fahrenheit 9/11, alega que existiram fortes ligações empresariais entre a família Bush e a família Bin Laden. Moore baseia a maior parte de suas acusações no livro de Craig Unger, House of Bush, House of Saud, que relata que Salem bin Laden investiu nas empresas dos Bush através de James R. Bath, seu representante comercial exclusivo para os Estados Unidos. Salem bin Laden também teria investido algum dinheiro na Arbusto Energy, uma empresa dirigida por George W. Bush. Vários membros da família Bush são investidores da Carlyle Group, uma empresa de defesa e de fundo de investimento com inúmeros interesses no Oriente Médio, dirigida pelo ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos durante a administração Reagan, Frank Carlucci.[8] A mídia destacou também que o ex-presidente George H. W. Bush participou de uma reunião de investidores no Hotel Ritz-Carlton, em Washington DC, no dia 10 de setembro de 2001, nomeadamente um encontro com Shafiq bin Laden, que representava os interesses conjuntos da Saudi Binladin Group e da Carlyle Group.[9] No entanto, Bush não participou na manhã de 11 de setembro (embora tenha sido alegado que a reunião ocorreu durante os ataques terroristas de 11 de setembro), o ex-secretário de Estado James Baker esteve presente, juntamente com Carlucci.[9] Os grupos Carlyle e Binladin cortaram mutuamente suas relações de negócios em 26 de outubro de 2001.[9] "O voo bin Laden"Pelo menos 13 familiares de Osama bin Laden, acompanhados por guarda-costas e colaboradores, deixaram os Estados Unidos em um voo fretado com a Ryan International Airlines (Voo 441 da Ryan Internacional) [10] oito dias após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, de acordo com um lista de passageiros lançada em 21 de julho de 2004.[11] A lista de passageiros foi divulgada pelo senador Frank Lautenberg (D-NJ), que obteve o manifesto de funcionários no Aeroporto Internacional Logan de Boston. Nenhum dos voos, domésticos ou internacionais, ocorreram antes da reabertura do espaço aéreo nacional, na manhã de 13 de setembro e a Comissão do 11 de Setembro não encontrou "nenhuma evidência de uma intervenção política".[12] Entre os passageiros com o sobrenome bin Laden estavam Omar Awad bin Laden, que estava vivendo com o sobrinho de Osama, Abdallah Awad bin Laden, que estava envolvido na formação do ramo estadunidense da Assembleia Mundial da Juventude Muçulmana em Alexandria, e Shafig bin Laden, um meio-irmão de Osama que estava alegadamente participando da conferência anual de investidores do Carlyle Group.[11] Também a bordo estava Akberali Moawalla, um funcionário da empresa de investimento dirigida por Yeslam bin Laden, outro dos meio-irmãos de Osama bin Laden. Os registros mostram que um passageiro, Kholoud Kurdi, viveu no norte da Virgínia com um parente de bin Laden.[11] O voo bin Laden receberia nova divulgação porque foi um tópico no polêmico documentário de Michael Moore, Fahrenheit 9/11. A Comissão do 11 de Setembro descobriu que o "FBI conduziu uma triagem satisfatória de cidadãos sauditas que deixaram os Estados Unidos em voos fretados. O governo saudita foi avisado e concordou com as exigências do FBI que os passageiros sejam identificados e verificados contra vários bancos de dados antes dos voos partirem. o representante da Federal Aviation Administration que trabalhou no centro de operações do FBI certificou que o FBI estava ciente dos voos de cidadãos sauditas e foi capaz de rastrear os passageiros antes que eles fossem autorizados a partir"..[12] Ver tambémReferências
Bibliografia
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