Fábio Koff
Fábio André Koff (Bento Gonçalves, 13 de maio de 1931 – Porto Alegre, 10 de maio de 2018) foi um juiz de direito e dirigente esportivo brasileiro. Foi presidente do Grêmio Football Porto Alegrense e do Clube dos 13. É considerado o maior presidente da história do tricolor gaúcho, sendo chamado de "Imortal". BiografiaDe origem alemã[1] e nascido em Bento Gonçalves, passou a juventude, influenciado pela esposa, dona Ivone Koff, cursou faculdade de direito em Passo Fundo, executou a profissão de juiz de direito, onde passou a fazer um "tour" pelo interior do estado do Rio Grande do Sul. Foi juiz de direito em Flores da Cunha, Frederico Westphalen, São Jerônimo, Triunfo ,Canoas e por fim na Capital, Porto Alegre. Dr. Fábio Koff teve dois filhos com a esposa, Alexandre Koff, que exerce a profissão de dentista e Fábio Koff Junior, que exerce a mesma profissão que o pai exerceu, é juiz de direito e ex-conselheiro do Grêmio. Dr. Fábio Koff foi o presidente do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense[2] durante o biênio 2013/2014 e também é ex-presidente do Clube dos 13, a associação dos 20 maiores clubes de futebol brasileiros.[3] Em 2016, foi lançado o livro "Fábio André Koff: memórias e confidências. O que faltou esclarecer", pela editora gaúcha AGE, sendo uma biografia escrita através de depoimentos concedidos a Paulo Flávio Ledur e a Paulo Silvestre Ledur, onde o ex-presidente do Grêmio conta em detalhes como foram os bastidores das principais conquistas do clube, bem como a sua carreira como dirigente do Clube dos 13. Dirigente do GrêmioAssumiu a presidência em 1982, ficando até o fim de 1983 "O Ano Azul", considerado o ano mais glorioso de toda a história do Clube. Em 1982, Dr. Fábio Koff foi extremamente criticado pela torcida do Grêmio, muitos achavam que ele não continuaria para o ano seguinte, e no final do ano de 1982, quando o Grêmio ficou com o vice-campeonato Brasileiro contra o Flamengo, as críticas aumentaram e os muros de Porto Alegre ecoavam "Fora Koff". Mesmo assim, depois do aval da família, família palavra que Dr. Fábio define como esposa, foi reeleito presidente do Grêmio como único candidato a presidência do Clube. Em 1983 Grêmio venceu a Libertadores da América, dentro do seu estádio, como Dr. Fábio havia previsto no final do ano de 82. Após vencer a Libertadores com o Grêmio, a frase dos muros de Porto Alegre, que antes diziam "Fora Koff", passou a dizer "Fora Koff: Vai pra Tóquio", e ele foi mesmo no final do ano de 1983. Em 11 de dezembro de 1983 o Grêmio venceu o Mundial de Clubes com Renato Gaúcho marcando os dois gols na conquista deste torneio. Porto Alegre estava tomada de azul e as críticas se calaram ao campeão mundial. Dr. Fábio virou um dos maiores presidentes da história. Recuperado de um câncer e novamente com o aval da família voltou a dirigir o clube no ano de 1993 a 1996, tendo novamente um período de grandes conquistas, como a Copa do Brasil em 1994, a Libertadores em 1995, a Copa Sanwa Bank de 1995, a Recopa Sul-Americana e o Brasileirão em 1996. Além disso, o Grêmio foi vice-campeão da Copa do Mundo de Clubes da FIFA de 1995. Uma vida azul, preta e brancaDr. Fábio Koff ganhou a primeira camiseta tricolor aos seis anos, em um natal. Ele era o único gremista entre os primos. Chegava a enganar a família e fugir para ver os jogos. Embora seja de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, teve o primeiro contato com o Grêmio Porto-Alegrense no final dos anos 30, através do rádio. Nos anos 40, quando foi estudante do Instituto Porto-Alegrense (IPA), Koff se aproximou ainda mais do clube da Capital gaúcha. "'O Poderoso Chefão'", como era chamado por muitos, é considerado por boa parte da torcida, ao lado do Dr. Hélio Dourado, um dos maiores dirigentes de toda a história do clube. E também o presidente que projetou o nome do Grêmio para o Mundo.[4] Foi membro do conselho consultivo do Grêmio.[5] Fábio Koff é, portanto, um ícone do futebol brasileiro e, sobretudo, um ídolo da torcida azul do Rio Grande do Sul, que deve àquele grupo de 1983, incluindo o próprio presidente, a conquista da Libertadores e a projeção do bom futebol gaúcho ao cenário mundial, capaz de jogar de igual para igual e até mesmo superar os times platinos e europeus. MorteFábio Koff estava internado em estado crítico no Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre. O ex-presidente veio a falecer na madrugada do dia 10 de maio de 2018, vítima do agravamento de um quadro de infecção generalizada. Seu falecimento causou grande comoção entre a torcida gremista. Com uma rica história dentro do clube que se confunde com a do próprio Grêmio, foi definido como "Imortal".[6] O "Guia da Partida" nº 223 de 12/05/2018, revista publicada pelo Grêmio com informações sobre o jogo do dia, foi dedicada ao presidente, cuja data de falecimento não fora citada, preferindo a edição, na sua capa, referir o período da vida como "1931 - ∞", ou seja, de 1931 para toda eternidade.[7] Além disso, o presidente Fábio Koff foi homenageado com uma salva de palmas de um minuto antes da partida realizada em 12/05/2018 entre Grêmio e Internacional, inclusive pela torcida rival, a demonstrar a grandeza que atingiu seu legado.[8] Notas e referências
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