Eva Perón

 

Eva María Duarte (Junín ou área rural dos Toldos, 7 de maio de 1919-Buenos Aires, 26 de julho de 1952), também chamada María Eva Duarte de Perón e mais conhecida como Eva Perón ou monónimamente como Evita, foi uma política e actriz argentina, primeira dama da Nação Argentina durante a presidência de Juan Domingo Perón entre 1946 e 1952 e presidenta do Partido Peronista Feminino e da Fundação Eva Perón. Foi declarada oficialmente e de maneira póstuma «Chefa Espiritual da Nação» em 1952.[1]

Eva Perón foi uma mulher engajada na politica, foi atriz e primeira dama da nação Argentina. De origem humilde, migrou aos quinze anos à cidade de Buenos Aires, onde se dedicou à actuação, atingindo renome no teatro, o radioteatro e o cinema.[2] Em 1943 foi uma das fundadoras da Associação Radial Argentina (ARA), sindicato do que foi eleita presidenta.[3]

Era uma mulher humilde, foi para Buenos Aires aos quinze anos. Em 1944, conheceu a Juan Domingo Perón, então secretário de Trabalho e Previsão da ditadura conhecida depois como Revolução do 43, num acto relacionado com a ajuda às vítimas do terramoto de San Juan de 1944.[4] Já casada com Perón, participou activamente na campanha eleitoral do mesmo em 1946, sendo a primeira política argentina no fazer.[5][6] Em 1947 impulsionou e conseguiu a sanção da Lei de sufragio feminino, depois da qual procurou a igualdade jurídica dos cónyuges e a pátria potestade compartilhada através do artigo 39 da Constituição de 1949.

Em 1948 fundou a Fundação Eva Perón, mediante a qual construiu hospitais, asilos, escolas, impulsionou o turismo social criando colónias de férias, difundiu o desporto entre os meninos mediante campeonatos que abarcaram todo o país, outorgou bolsas para estudantes, ajudas para a moradia e promoveu à mulher em diversas facetas, adoptando assim uma posição ativa nas lutas pelos direitos sociais e trabalhistas, constituindo o vínculo direto entre Juan Domingo Perón e os sindicatos. Em 1949 fundou o Partido Peronista Feminino. Em 1951, devido às primeiras eleições presidenciais com sufragio universal, o movimento operário propôs a Evita como parceira de fórmula de Perón, como candidata a vice-presidenta. No entanto, ela renunciou à candidatura o 31 de agosto no dia conhecido como em «O Dia do Renunciamiento», devido às pressões dos grupos opositores ao governo, às lutas internas dentro do peronismo e ao cancro de pescoço de útero que tinha diagnosticado desde 1950, o qual se tinha agudizado.[7]

Referências

  1. Luna Félix (2013). Perón y su tiempo. Vol II: La comunidad organizada (1950- 1952). [S.l.]: Sudamericana. [Evita] ...designada por el Congreso Nacional "Jefa Espiritual de la Nación" el 7 de mayo, día en que cumplía 33 años de edad. [...] El 7 de julio, después de ochenta y cuatro discursos ...el Congreso vota una ley erigiendo un monumento a la "Jefa Espiritual de la Nación". 
  2. «Eva Peron Chanteuse et femme politique argentine» (html). Le Figaro (em francês). Consultado em 22 de diciembre de 2018. Cópia arquivada em 27 de febrero de 2014. L'icône du Buenos-Aires des années 1950 est née sous le nom de Maria Eva Duarte. Elle est l'enfant illégitime d'un riche propriétaire terrien et d'une humble cuisinière.  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)

    «Evita» (html). Roul' ma loute... (em francês). Consultado em 22 de diciembre de 2018. Cópia arquivada em 22 de diciembre de 2018. Maria Eva Duarte est une des cinq filles illégitimes mais reconnues qu'une humble cuisinière, Juana Ibarguren (1894-1971) a eu d'un riche éleveur, Juan Duarte (1872-1926).  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  3. Sirven, Pablo Martín. «Eva, antes de Perón». Perón y los medios de comunicación: La conflictiva relación de los gobiernos justicialistas con la prensa 1943-2011. [S.l.]: Sudamericana. ISBN 9789500737432 
  4. «JUAN PERÓN Y EVA DUARTE». Centro de Documentación Histórico del Luna Park. Buenos Aires. Consultado em 26 de julio de 2018. Arquivado do original em 26 de julio de 2018  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  5. Navarro 1994, p. 109.
  6. «Apoyando la campaña de 1946». La Opinión. Rafaela. 7 de mayo de 2013. Consultado em 26 de julio de 2018. Arquivado do original em 1 de abril de 2019  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  7. Clarín.com. «La muerte de Eva Perón: cómo vivió su enfermedad y sus últimos días». www.clarin.com (em espanhol). Consultado em 11 de septiembre de 2020  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)