Europa dos Povos - VerdesEuropa dos Povos - Verdes foi uma coligação eleitoral formada em Espanha para concorrer às eleições europeias de 2009, reunindo vários partidos da esquerda regionalista e também os Verdes. Elegeu um representante, integrado no Grupo Parlamentar dos Verdes/Aliança Livre Europeia; o único lugar foi ocupado sucessivamente pelos três primeiros candidatos da lista. Formação da coligaçãoTem a sua origem na coligação apresentado nas eleições europeias de 2004 chamada Europa dos Povos, mas com algumas modificações, como a incorporação de novos partidos, como o Bloco Nacionalista Galego e o Aralar (País Basco). A Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) voltou a encabeçar a candidatura. Inicialmente a ERC havia feito uma proposta à Convergência e União no sentido de uma candidatura comum catalanista,[1], mas que foi rejeitada pela CiU. A ERC manteve também contactos com a Coligação Canária e com a Esquerda Unida, que não deram resultado. Assim, a ERC propôs ao Bloco Nacionalista Galego (BNG) um candidatura conjunta das esquerdas nacionalistas e independentistas, como alternativa à Galeusca (outra aliança regionalista, englobando partidos moderados e de centro-direita). Nessa candidatura também foi proposta a inclusão de outras forças. como Aralar, Eusko Alkartasuna, Junta Aragonesista, PSM-Acordo Nacionalista (PSM-EN),[2] Entesa por Mallorca,[3] Verdes[4] e Novas Canárias.[5][6] Finalmente a coligação foi estabelecida com base num acordo entre a ERC e o Aralar[7], que havia tido um grande crescimento nas eleições autonómicas bascas de 2009. Também se confirmou a participação da Eusko Alkartasuna, o tradicional aliado basco da ERC nas eleições europeias[8], apesar de algum mal-estar da EA pelo acordo entre a ERC e o Aralar.[9] Por outro lado, após várias semanas de indefinição, o BNG anunciou o abandono da Galeusca e a sua participação na nova coligação.[10] Também a Confederação dos Verdes, que haviam concorrido às eleições anteriores em aliança com o PSOE, decidiram não renovar o acordo a proceder a negociações com outros grupos, tendo finalmente optado por integrar a candidatura da Europa dos Povos. Tal decisão provocou mal-estar no Partido Verde Europeu[11], que deu o seu apoio ao seu outro associado em Espanha, a Iniciativa pela Catalunha - Verdes, que havia renovado o anterior acordo com a Esquerda Unida. Os Verdes nem consideraram a possibilidade de se aliarem à outra candidatura ecologista, Os Verdes - Grupo Verde Europeu. A ausência de uma candidatura única levou a que várias secções da Confederação dos Verdes, como Berdeak no País Basco,[12] os Verdes de Minorca,[13] os Verdes de Maiorca,[14][15] os Verdes das Asturias,[16] Nafarroako Berdeak de Navarra,[17] os Verdes de Cantabria, os Verdes de Murcia, os Verdes de la Rioja, os Verdes de Castela-Leão, os Verdes de Madrid, os Verdes de Castela-La Mancha, os Verdes da Extremadura e os Verdes de Ceuta se demarcassem e não tenham apelado ao voto para nenhuma das candidaturas ecologistas.[18] Os Verdes de Aragão apelaram publicamente ao voto nos Verdes - Grupo Verde Europeu.[19] No entanto, os Verdes da Andaluzia, do País Valenciano e das Canárias apoiaram a aliança e a Confederação dos Verdes integrou a coligação. Outros partidos se juntaram à coligação, como a Junta Aragonesista,[20] e o Partido de El Bierzo (este último num lugar que lhe foi cedido pelo BNG)[21]. Já o PSM-Acordo Nacionalista, das Ilhas Baleares, que inicialmente era suposto integrar a coligação, acabou por recusar, alegando pressões da ERC para uma coligação nas eleições autonómica de 2011;[22] (as Ilhas Baleares acabaram por ser representadas pela Entesa por Mallorca, uma cisão do PSM-EN); no entanto, apelou à mesma ao voto na coligação.[23] Outros partidos que chegaram a ser falados mas não integraram a coligação foram a Unidade Nacionalista Asturiana (devido à oposição do BNG à sua participação)[24], as Novas Canárias[25] e o Andecha Astur (Astúrias).[24] Composição da coligaçãoA coligação Europa dos Povos - Verdes acabou por ser constituida pelas seguintes organizações:
Nome por Comunidade AutonómicaEmbora a candidatura tivesse como designação "Europa dos Povos - Verdes", em determinadas comunidades autonómicas se apresentou com os seguintes nomes e cabeças de lista:
ResultadosA coligação obteve 394.938 votos (2,53%) em toda a Espahaa, o que se traduziu em um mandato, que foi ocupado inicialmente por Oriol Junqueras (ERC). Dentro de estes resultados, obteve 361.141 votos nas comunidades em que os partidos membros desenvolveram a sua atividade (Catalunha, País Basco, Navarra, Galiza, Aragão e Ilhas Baleares), o que equivale a 91,44% da sua votação total. Os resultados foram 181.213 votos na Catalunha (9,48%), 41.140 no País Basco(5,67%), 14.060 em Navarra (7,04%), 103.724 na Galiza(9,18%), 13.353 em Aragão (2,90%) e 7.651 nas Ilhas Baleares (3,03%). Conforme o acordo da coligação, se estabeleceu um sistema de rotação entre os quatro primeiros candidatos e aqueles que viessem de partidos que tivessem mais 40.000 votos na sua comunidade autonómica.[26][27] Segundo este, Oriol Junrqueras (ERC) ocupou o mandato durante os primeiros 2 anos e meio da legislatura, Ana Miranda (BNG) e Iñaki Irazabalbeitia (Aralar) repartiram os dois anos seguintes e Pura Peris (Os Verdes) ocuparia os últimos seis meses.[28][29][30] (atualmente, o mandato continua a ser ocupado por Irazabalbeitia[31]). Os representantes da coligação Europa dos Povos - Verdes integraram o grupo parlamentar dos Verdes/Aliança Livre Europeia. Eleições europeias de 2014A coligação não teve continuidade nas eleições de 2014. O Euskal Herria Bildu (coligação que integra a Eusko Alkartasuna e o Aralar) manteve conversações com a ERC, a Candidatura de Unidade Popular catalã, a Solidariedade para a Independência catalã, a Junta Aragonesista e outros partidos regionalistas como o objectivo de criar uma coligação[32], mas os partidos que haviam integrado a Europa dos Povos - Verdes acabaram por se dividir em várias candidaturas:
AntecedentesDesde 1987 que a ERC a a Eusko Alkartasuna haviam, junto com outros partidos regionalistas, integrado coligações para as eleições europeias, tendo como nome variações de "Europa dos Povos":
Ver também
Referências
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