Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver
Esta noite encarnarei no teu cadáver é um filme brasileiro de terror de 1967, protagonizado e dirigido por José Mojica Marins, que encarna seu famoso personagem Zé do Caixão. O filme é uma continuação de À Meia-Noite Levarei Sua Alma de 1964. Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.[1] SinopseDepois de se recuperar dos acontecimentos do filme anterior e ser inocentado pela Justiça, Josefel Zanatas ou "Zé do Caixão" tenta encontrar, num povoado onde é agente funerário, a donzela que lhe dará o filho perfeito, convencido de que a única forma de imortalidade é a do sangue e não a do espírito. Com a ajuda do fiel criado Bruno, rapta seis moças do lugarejo, e, enquanto a polícia as procura e o clero tenta apaziguar o povo enfurecido, ele faz o teste do medo: só uma donzela. Márcia, não se aterroriza ante o ataque de tarântulas no meio da noite. Será esta a escolhida? As outras serão entregues à volúpia do criado hediondo de Zé, ou colocadas num poço cheio de cascavéis. Uma das vítimas, Jandira, jura antes de morrer que reencarnará no cadáver do sádico. Este põe sua favorita em liberdade e sai em busca de outra donzela. Atrai a seu antro de horrores Laura, filha do Coronel, recém-chegada, e a mantém sob domínio místico. Com ela terá o seu filho. Durante a noite, Zé tem um pesadelo (cenas coloridas): a Morte leva-o a um cemitério, onde cadáveres saem das tumbas e o puxam para o Inferno. Corredores de gelo, onde homens e mulheres ensanguentados são permanentemente torturados por carrascos do rei das trevas, de quem Zé do Caixão identifica sua própria fisionomia. As suas vítimas aparecem, ameaçadoramente, e Zé acorda. Sua mulher não suportará o parto e sucumbe. Sua esperança de perpetuar seu ser se desvanece, e Zé do Caixão profere blasfêmias contra os homens e suas divindades, no momento em que o povo, revoltado, sai em seu encalço. Depois de escapar de um atentado, Zé penetra num pântano e morre diante dos perseguidores e das autoridades, quando os esqueletos de suas vítimas boiam à superfície. Estava cumprido o juramento da donzela que ele sacrificara. Elenco
CensuraO filme foi censurado na época, pois no filme Zé do Caixão levava vários tiros e, antes de morrer, confirmava sua descrença em Deus dizendo: "Eu não creio. Não creio", enquanto afundava nas águas sujas de um lago. Para o filme ser liberado foi exigida uma mudança no roteiro, e Zé do Caixão passou a dizer o texto imposto pelos censores "Deus… Sim… Deus é a verdade! Eu creio em tua força. Salvai-me! A cruz, cruz, padre…!"'[2] Referências
Ver também
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