Estação Ecológica do Rio Roosevelt
A Estação Ecológica Rio Roosevelt é uma estação ecológica do estado de Mato Grosso, Brasil. LocalizaçãoA Estação Ecológica Rio Roosevelt (ESEC) possui uma área de 96 625 hectares. Fica no município de Colniza no estado de Mato Grosso. Faz fronteira com o Parque Estadual de Tucumã a oeste, com o rio Roosevelt a leste e com a divisa entre os estados de Mato Grosso e Amazonas ao norte.[1] É adjacente aos 83 381 hectares da Floresta Estadual de Manicoré, no Amazonas, uma unidade de conservação de uso sustentável criada em 2005.[2] A estrada MT-206 passa pela zona sul da ESEC. A ESEC abriga 30 pessoas de uma mesma família, que vivem em três comunidades.[3] Existem dois sítios arqueológicos na unidade.[4] A Estação Ecológica Rio Roosevelt é uma unidade do Mosaico Sul da Amazônia de unidades de conservação.[5] A ESEC estaria no proposto Corredor Ecológico dos Ecótonos da Amazônia Meridional.[6] É de responsabilidade da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUCO) da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso,[7] sendo apoiada pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia.[8] HistóriaUma série de decretos executivos e leis estaduais definiram e redefiniram a área da Estação Ecológica Rio Roosevelt. A estação ecológica foi autorizada pelo decreto 1.798, de 4 de novembro de 1997, com área de cerca de 80 915 hectares com a finalidade de conservar amostras dos sistemas ecológicos em seu estado natural, garantindo a diversidade biológica e proporcionando oportunidades controladas de ensino e pesquisa científica. A Lei 7.162 de 23 de agosto de 1999, entretanto, criou a estação ecológica com área de cerca 53 mil hectares no município de Aripuanã.[1] A Lei 8.680, de 13 de julho de 2007, ampliou a estação ecológica para uma área de cerca de 96 168 hectares, e também ampliou a reserva extrativista Guariba-Roosevelt para cerca de 138 902 hectares no município de Colniza. A expansão foi para compensar assentamentos na área das 4 Reservas dos municípios de Terra Nova do Norte e Nova Guarita. A reserva extrativista foi posteriormente ocupada por posseiros ilegais e foi revogada por ordem judicial em 2013, confirmada pelo Legislativo estadual em janeiro de 2015. O juiz afirmou que a falta de proteção ambiental na reserva extrativista estava causando sua devastação e não poderia ser considerada uma compensação pela perda das 4 Reservas.[1] A Lei 10.261, de 22 de janeiro de 2015, revogou a Lei 8.680, de 13 de julho de 2007, devolvendo a reserva ecológica a uma área de 53 mil hectares. O Decreto 58, de 13 de abril de 2015, redefiniu a área da estação ecológica para cerca de 96 625 com perímetro de 150 quilômetros no município de Colniza.[1] AmbienteA Estação Ecológica Rio Roosevelt fica no bioma Amazônia,[9] estando em uma das áreas mais preservadas da floresta amazônica de Mato Grosso, afastada da zona de expansão agrícola, com população esparsa e pouco desmatamento. Os terrenos na zona sul da unidade têm baixa fertilidade e contêm grandes áreas de terrenos alagados, ajudando a proteger a unidade. As altitudes geralmente variam de 90 a 140 metros, mas a Serra da Fortaleza chega a 340 metros e a Serra do Pirangueiro a 300. O terreno contém planaltos com arestas íngremes, colinas, vales e planícies. A vegetação é principalmente floresta tropical com árvores altas de densidade variável nas áreas mais úmidas. Mais acima a vegetação é principalmente de cerrado.[1] O principal problema da reserva é a pesca predatória, que captura pelo menos três toneladas de peixes anualmente.[3] A exploração madeireira e a mineração ilegal também são outras ameaças ao local.[1] Referências
Bibliografia
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