Escola Literária de PreslavaEscola Literária de Preslava ou Escola Literária de Plisca (em búlgaro: Преславска книжовна школа) foi a primeira escola literária da Bulgária medieval. Ela foi fundada pelo cã Bóris I em 885 ou 886 na capital búlgara, Plisca. Em 893, o czar Simeão I mudou-a para sua nova capital em Preslava. A Escola Literária de Preslava foi o mais importante centro literário e cultural da Bulgária e de todos os eslavos até a queda de Preslava, incendiada pelo imperador bizantino João I Tzimisces em 972. Diversos proeminentes escritores e acadêmicos búlgaros trabalharam na escola, inclusive Naum de Preslava (até 893), Constantino de Preslava, João, o Exarca, Chernorizets Hrabar e outros. Ela era também um centro de tradução, majoritariamente de autores bizantinos, mas também de poesia e de produção de pinturas e de cerâmicas pintadas. Foi ali que se criou o alfabeto cirílico[1] e a inscrição mais antiga com data comprovada foi encontrada na região de Preslava: na cidade antiga, na vila próxima de Patleina (também na Província de Shumen), em Krepcha (atualmente na Província de Targovishte e Ravna (na Província de Varna). Nesta última, um número incomum de inscrições (330 grafites) em búlgaro antigo e em outras línguas, muitos feitos por leigos, alguns obscenos, alguns escritos em cirílico em paralelo com outros alfabetos, foi encontrado[2], o que instou Umberto Eco a chamar Ravna de "um laboratório linguístico do século X". Outro notável conjunto de inscrições cirílicas do século X é representado por diversos pendentes de chumbo, a maioria encontrada na região nordeste da Bulgária, entre Preslava e Varna com achados periféricos mais ao norte, na atual região sudeste da Romênia[3]. Scriptoria da Escola de Preslava estão espalhados pela maior parte da região nordeste da moderna Bulgária, incluindo igrejas e mosteiros em Preslava (restos de 25 igrejas foram encontrados ali), Plisca, Patleina, Khan Krum, Chernoglavtsi (Província de Shumen), Ravna, Varna e Murfatlar em Dobruja (atualmente na Romênia)[4][5]. Referências
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