Escola Guignard
Escola Guignard é uma escola de artes em Belo Horizonte que formou artistas importantes no circuito mineiro, nacional e internacional. A partir da promulgação da Constituição do Estado de Minas Gerais em 1989, passou a ser uma unidade acadêmica da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). HistóricoA origem da escola remete ao convite feito pelo então Prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, em 1943, para o artista Alberto da Veiga Guignard dirigir a Escola de Belas Artes. Em sua origem, a Escola localizava-se no porão do Palácio das Artes, próximo ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti. Aceita a tarefa, Guignard muda-se para a capital mineira. Um ano depois, a escola seria fundida à Escola de Arquitetura no então batizado Instituto de Belas Artes de Belo Horizonte.[1] Em 1994 foi inaugurado o prédio que abriga a Escola desde então. Construído junto a Serra do Curral, esta obra do arquiteto Gustavo Penna é repleta de simbolismo, reafirmando a tradição cultural de Minas Gerais numa linguagem contemporânea. Classificada pela revista Projeto como uma das 30 obras arquitetônicas de maior relevância no Brasil.[2] As produções dos alunos compõem exposições, o que permite a avaliação do público e o diagnóstico dessa repercussão. Na mostra realizada em 2010, foram reunidas linguagens como vídeo, fotografia, pintura, desenho e performances[3]. A técnica de desenho de GuignardO artista e mestre Alberto da Veiga Guignard é conhecido pela sua técnica de desenho revolucionária para a época de 1940. Guignard, um artista extremamente sensível, preocupava-se que seus alunos desenvolvessem não apenas uma técnica de desenho de caráter rígido e dogmático, mas uma técnica que propiciasse a espontaneidade criadora. Guignard passeava com seus alunos pelos caminhos do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, incentivando-os a sentirem e vivenciarem o lugar antes do desenho de observação. Apesar de valorizar a criação e a auto expressão, sua técnica consistia no desenho de observação com lápis duro e sem o uso de borracha. Por ser duro, o lápis vincava o papel no ato do desenho e por consequência, inviabilizava que os alunos apagassem os desenhos. Com isso, Guignard intencionava desenvolver e refinar o olhar humano, exigindo a concentração e a integração total de seus alunos à paisagem observada. A artista, Maria Helena Andrés, que fora aluna de Guignard, relata que "O prazer não estava em terminar rápido, mas na própria concentração exigida pelo trabalho, no próprio ato de fazer, paciente e silencioso, no uso das mãos, no artesanato metódico e limpo. O desenvolvimento da percepção era também um dos caminhos para o autoconhecimento e a auto expressão. Criatividade e disciplina, liberdade e concentração, espontaneidade e reflexão fundiam-se dentro do mesmo estímulo."[carece de fontes] A disciplina de Guignard é vivenciada até os dias atuais pelos estudantes da Escola Guignard, sendo perpetuada pelos professores-artistas que atuam na escola, hoje pertencente à Universidade Estadual do Estado de Minas Gerais. CursosGraduaçãoPós-graduaçãoReferências
4. ANDRÉS, Maria Helena. Guignard, o mestre. Estud. av. vol.10 no.28 São Paulo Sept./Dec. 1996. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141996000300014 Ligações externas |