Ercole Consalvi
Ercole Consalvi (Roma, 8 de Junho de 1757 – Roma, 24 de Janeiro de 1824) foi um cardeal da Igreja Católica Romana. BiografiaA sua mãe era Claudia Carandini, uma nobre. Foi educado no seminário fundado em Frascati por Henry Benedict, Cardeal Duque de York, o "Cardeal York", o pretendente Stuart ao trono da Grã-Bretanha. Tornou-se favorito do Cardeal e foi ajudado por ele a obter um alto posto na Cúria Romana quando era ainda jovem. Não foi ordenado padre, sendo nomeado diácono em 21 de dezembro de 1801.[1] Depois de a França Revolucionária ter invadido a Itália em 1798, Consalvi foi aprisionado, mas escapou e juntou-se ao Papa Pio VII no exílio. Hábil diplomata, foi nomeado secretário do conclave que se reuniu em Veneza para eleger o Papa Pio VII, sucessor de Pio VI.[1] Ercole Consalvi foi criado cardeal-diácono no consistório secreto de 11 de Agosto de 1800 e recebeu o barrete cardinalício no consistório público de 14 de Agosto de 1800. Em 20 de Outubro de 1800 foi-lhe atribuído o diaconato de Sant'Agata in Suburru, e depois foi transferido para o de Santa Maria ad Martyres em 28 de Julho de 1817.[1] Foi nomeado Cardeal Secretário de Estado, e nesta capacidade negociou a Concordata de 1801 com Napoleão Bonaparte, que reafirmou a Igreja Católica Romana como a igreja estabelecida de França e restaurou algum do seu estatuto civil. Reformou a administração de Roma e modernizou a cidade.[1] Depois da queda de Napoleão, representou o Papa no Congresso de Viena e foi capaz de convencer os poderes vitorioso para restaurar os Estados Pontifícios quase por inteiro (embora o Papado tenha sido forçado a aceitar a anexação francesa de Avinhão). No resto do pontificado de Pio VII, Consalvi foi o governante virtual de Roma, e o seu governo foi caracterizado pelo bom senso, moderação e preocupação com os pobres. Concluiu outra concordata com França (a Concordata de 1817) e reformou-se quando Pio VII morreu em 1823. No entanto ainda liderava a Sagrada Congregação para a Propagação da Fé quando morreu no ano seguinte, 1824. Embora diplomata de carreira e homem mundano, Consalvi era honesto e piedoso, e foi chamado "uma das mais puras glórias da Igreja de Roma" (Schaeffer).[1] Terá sido um dos melhores candidatos a papa. Apoiou o artista protestante Bertel Thorvaldsen na criação do monumento fúnebre para o papa Pio VII na Basílica de São Pedro, em Roma.[1] Morreu em 1824 e foi enterrado na igreja de San Marcello al Corso.[1] Conclaves
ReferênciasLigações externas
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