Elmo de NegauElmo de Negau refere-se a um dos 28 elmos de bronze (23 dos quais estão preservados) que datam de por volta de 200 a.C., descobertos em 1811 num depósito em Zenjak, próximo a Negau (atual Negova), na Eslovênia. Os elmos têm o típico formato 'vetulônico' etrusco, por vezes descrito como tipo Negau. Foram enterrados por volta de 50 a.C., pouco antes da invasão romana da região.
Diversas interpretações a respeito do significado da inscrição foram oferecidos no passado; as mais recentes indicam que o texto se refere a 'Harigast o sacerdote' (de *teiwaz, "deus"), como outro elmo com inscrições descoberto no mesmo local apresentava diversos nomes (a maioria celtas) seguidos por títulos religiosos.[1] Harigast, nome germânico que é praticamente a única unanimidade entre os estudiosos do texto, é uma evidência da mudança sonora germânica, provavelmente a mais antiga já atestada, antecedendo o depoimento de Tácito em pelo menos dois séculos. Uma interpretação oferecida[2] referia-se a Hariχas Titieva, um nome próprio rético, com o primeiro elemento de origem indo-europeia (venética, e não germânica), e o segundo etrusco. As quatro inscrições discretas no elmo conhecido costumeiramente como "Negau A" foram interpretadas[1]como: Dubni banuabi, 'de Dubnos o matador de porcos'; sirago turbi, 'sacerdote astral da tropa'; Iars'e esvii, 'Iarso o adivinho'; e Kerup, provavelmente uma abreviação de um nome celta, como Cerubogios. Elmos do tipo Negau costumavam ser vestidos por sacerdotes no período em que foram enterrados, e por este motivo especula-se que tenham sido colocados no local por motivos cerimoniais. A vila de Zenjak teve muito interesse para os arqueólogos nazistas, e chegou a se chamar Harigast por um breve período durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda não foi realizada uma escavação adequada no sítio. Ver tambémReferênciasLigações externas |