As eleições parlamentares irlandesas de 2020 decorreram a 8 de fevereiro e serviram para eleger os 160 membros do Parlamento Irlandês (Dáil Éireann). Estas eleições foram marcadas após o Taoiseach, Leo Varadkar, ter pedido a dissolução do parlamento a 14 de janeiro.[1][2]
Ou 3 de dezembro de 2019, uma moção de censura foi introduzida pelos Social-Democratas contra o Ministro de Habitação, Planeamento e Governo Local (Eoghan Murphy), sendo derrotada com 53 votos a favor, 56 votos contra e 35 abstenções.[4] A 9 de janeiro de 2020, o deputado independente Michael Collins pediu para ser colocada uma moção de censura contra o ministro de Saúde Simon Harris.[5] Passados 5 dias, o Taoiseach Leo Varadkvar pediu a dissolução do parlamento e as eleições foram marcadas para 8 de fevereiro.[1][2]
Pesquisas de opinião sobre intenções de voto foram realizadas intensivamente. As pesquisas foram publicadas, aproximadamente mês a mês, pelo The Sunday Business Post (que usa a empresa de pesquisas Red C) e pelo The Sunday Times (que usaram a empresa de pesquisas Behavior and Attitudes em todas as pesquisas, desde 2016 até a pesquisa final antes da eleição, para o qual usou o Panelbase). Pesquisas menos frequentes foram publicadas pelo The Irish Times, Sunday Independent, Irish Mail no domingo, RTÉ News e outros.
O gráfico abaixo mostra os resultados das pesquisas de opinião desde a eleição geral anterior.
As sondagens apresentadas abaixo são as realizadas no ano de 2020:
A grande surpresa eleitoral foi a vitória (em votos) do histórico partido Sinn Féin, conhecido pela sua longa ligação ao antigo grupo armado IRA.[15][16] O Sinn Féin vencia as eleições pela primeira vez na sua história na República da Irlanda e assim quebrando o histórico domínio de Fianna Fáil e Fine Gael.[17] De destacar que, segundo sondagens à boca das urnas, o Sinn Féin venceu em todas as faixas etárias (excepto nos votantes com mais de 65 anos),[18] com especial para o eleitorado jovem (18 a 24 anos), onde o partido conseguiu 32% dos votos.[19]
Os grandes partidos tradicionais irlandeses, Fianna Fáil e Fine Gael, falharam, pela primeira vez na história, terem (em conjunto) a maioria parlamentar, sendo de realçar que o Fine Gael ficava reduzido a terceiro partido pela primeira vez na sua história.[17][18]
Durante a campanha, Fianna Fáil e Fine Gael deixaram claro que não aceitariam formar um governo com o Sinn Féin mas, conhecido os resultados, membros do Fianna Fáil abriram a possibilidade para um governo de coligação com Sinn Féin.[23]
No entanto, Mary Lou McDonald, líder do Sinn Féin, anunciou que iria tentar um governo amplo de esquerda e que pretendia entrar em contacto com os Verdes, Partido Trabalhista, Social-Democratas e Solidariedade - Pessoas Antes do Lucro.[24][25]
Por fim, Fianna Fáil e Fine Gael também poderiam tentar formar um governo de grande coligação mas, tal cenário parece posto de parte por ambos como consequência dos maus resultados que os partidos tiveram.[26]
Fianna Fáil, Fine Gael e o Partido Verde finalmente formalizam um governo de coalizão em 27 de junho de 2020 com Micheál Martin eleito primeiro-ministro.[27]
↑Sunday; February 09; Pm, 2020-05:44 (9 de fevereiro de 2020). «Howlin concedes 'bad day' for Labour». www.irishexaminer.com (em inglês). Consultado em 11 de fevereiro de 2020