El ArgarEl Argar é um importante sítio arqueológico de um povoado pré-histórico do sudeste da Península Ibérica, que dá nome à Cultura de El Argar. Eleva-se num planalto com encostas íngremes do lado ocidental, 35 m acima do Rio Antas e encostas mais suaves no resto, estendendo-se por parte do último também.[1] O importante desenvolvimento desta cultura fez pensar que não mantinha nenhuma relação com as fases anteriores, tendo a sua origem em influências mediterrâneas; actualmente pensa-se que é uma continuidade de Los Millares. Tem um urbanismo complexo, exclusivo desta cultura. No lugar acharam-se ao redor de duas mil sepulturas, embora apenas se conhecem as estruturas das moradias. Caracteriza-se por um urbanismo em terraços, com uma acrópole situada no mais alto do sítio. Quanto à sua metalurgia, caracteriza-se pelas armas que são: punhais, espadas e alabardas. Encontra-se a crescente presença de adornos de prata e ouro nos enxovais funerários de maior prestígio. Para o fim do período realizam-se as primeiras ligas de bronze. Em relação à pecuária e à agricultura há poucas variações; há uma introdução de uma espécie nova, nomeadamente o cavalo, embora provavelmente não se criasse para o consumo alimentar. O padrão funerário baseia-se em sepulturas individuais ou duplas, situadas sob as casas. O ritual e os enxovais reflectem uma marcada desigualdade social. A partir sobretudo da distribuição dos objetos nas necrópole do mundo argárico, chegou-se a propor que a sociedade argárica já estaria estratificada –embora haja opiniões diversas. A ideologia dominante é aristocrática e guerreira, a qual se reflete na fortificação dos povoados, a grande importância das armas e a presença destas nos enxovais funerários. A evolução social argárica cessa no Bronze Tardio e em torno de 1 300 a.C., a informação decairá em toda a Península; para voltar a ter informação clara da fase posterior, o Bronze Final, haverá que aguardar até por volta de 1 000 a.C. ReferênciasBibliografía
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