As recomendações de prevenção incluem a administração de aspirina em pessoas de risco elevado, suplementos de cálcio em regiões onde o consumo é baixo e tratamento da hipertensão anterior à gravidez com medicação.[2][3] O exercício físico durante a gravidez pode também ser benéfico.[1] A administração de sulfato de magnésio por via intravenosa ou muscular melhora o prognóstico em pessoas com eclampsia e é geralmente seguro, tanto em países desenvolvidos como em vias de desenvolvimento.[4][9] No entanto, o tratamento pode necessitar de respiração assistida. Entre outros possíveis tratamentos estão medicamentos para a hipertensão, como a hidralazina, e o parto de emergência do bebé, quer por via vaginal ou por cesariana.[1]
Estima-se que a pré-eclampsia afete 5 a 10% dos nascimentos e a eclampsia 1,4% dos nascimentos.[5] Nos países desenvolvidos, a prevalência é de 1 caso em cada 2000 nascimentos devido aos melhores cuidados de saúde.[1] As perturbações hipertensivas da gravidez são uma das causas mais comuns de morte durante a gravidez.[10] Em 2015 provocaram a morte a 46 900 pessoas, uma diminuição em relação às 37 000 em 1990.[6] Cerca de uma em cada cem mulheres com eclampsia morre.[1] A palavra eclampsia tem origem no termo grego para relâmpago. A primeira descrição conhecida da doença foi feita por Hipócrates no século V a.C.[11]
Sinais e sintomas
Pré-eclampsia
Os sinais característicos da pré-eclampsia são[12]:
Pressão maior que 140/90 mmHg durante mais de 4h
Urina espumosa (por conter mais de 300 mg/dia de proteínas) ou outros sinais de problemas renais (como urinar pouco)
Inchaço das mãos, pés e face
A pré-eclampsia só é considerada como eclampsia depois de uma convulsão.
Eclampsismo
O eclampsismo é sinal de complicação da gestação. Mesmo sem problemas renais (proteinúria), pode ser diagnosticada quando há alguns dos seguintes sintomas[12]:
Dores de cabeça fortes
Alterações na visão (perda temporária da visão, visão turva ou sensibilidade à luz)
Dor abdominal, geralmente sob suas costelas do lado direito
Náuseas ou vômitos
Diminuição dos níveis de plaquetas no sangue (trombocitopenia)
HELLP é uma sigla inglesa (Hemolysis, Elevated Enzymes Liver, Low Plaquets), em português um mnemônico equivalente seria PPEEHH, pois essa complicação da eclampsia é caracterizada por:
Especialistas acreditam que o problema está no desenvolvimento anormal dos vasos sanguíneos que conectam a placenta com o útero. Quando o fluxo sanguíneo é insuficiente para o útero ou ocorrem danos aos vasos sanguíneos, eles podem responder inadequadamente a estímulos hormonais e causar a pré-eclampsia. Existe uma forte relação com diabetes millitus gestacional (DMG) e diabetes (principalmente tipo 1) pelo fato destas doenças já apresentarem alto índice glicêmico e proteinúria.[13][14] O aborto recorrente (AR) e pré-eclâmpsia (PE) compartilham muitos mecanismos semelhantes com rejeição do enxerto[15] demonstrando assim falhas no sistema imunológico de não rejeição do feto.
Fatores de risco
Dentre os factores que aumentam o risco de sofrer esse transtornos incluem[16][17]:
As recomendações de prevenção incluem a administração de aspirina em pessoas de risco elevado, suplementos de cálcio em regiões onde o consumo é baixo e tratamento da hipertensão anterior à gravidez com medicação.[2][3] O exercício físico durante a gravidez pode também ser benéfico.[1] A administração de sulfato de magnésio por via intravenosa ou muscular melhora o prognóstico em pessoas com eclampsia e é geralmente seguro, tanto em países desenvolvidos como em vias de desenvolvimento.[4][9] No entanto, o tratamento pode necessitar de respiração assistida. Entre outros possíveis tratamentos estão medicamentos para a hipertensão, como a hidralazina, e o parto de emergência do bebé, quer por via vaginal ou por cesariana.[1]
Alimentação
O cuidado com a alimentação anti-inflamatoria[18] uma vez que o quadro de proteinúria, pressão alta , valores glicêmicos altos e alta de leucócitos (que indicam desencadeamento de inflamações produzidas pelo sistema imunógico[15]). Preferir os alimentos anti-inflamatorios[19][20][21] (alho, cebola, cebolinha, brocolis, escarola, repolho, espinafre...) e diminuir alimentos pró-inflamatorios (massas, gordura, leite, açucar) e estilo de vida pró-inflamatorio (sedentarianismo e stress).
Estima-se que a pré-eclampsia afete 5 a 10% dos nascimentos e a eclampsia 1,4% dos nascimentos.[5] Nos países desenvolvidos, a prevalência é de 1 caso em cada 2000 nascimentos devido aos melhores cuidados de saúde.[1] As perturbações hipertensivas da gravidez são uma das causas mais comuns de morte durante a gravidez.[10] Em 2015 provocaram a morte a 46 900 pessoas, uma diminuição em relação às 37 000 em 1990.[6] Cerca de uma em cada cem mulheres com eclampsia morre.[1] A palavra eclampsia tem origem no termo grego para relâmpago. A primeira descrição conhecida da doença foi feita por Hipócrates no século V a.C.[11]
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↑ abcAbalos, E; Cuesta, C; Grosso, AL; Chou, D; Say, L (setembro de 2013). «Global and regional estimates of preeclampsia and eclampsia: a systematic review.». European journal of obstetrics, gynecology, and reproductive biology. 170 (1): 1–7. PMID23746796. doi:10.1016/j.ejogrb.2013.05.005
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