Duets (álbum de Frank Sinatra)
Duets é um álbum de estúdio do cantor estadunidense Frank Sinatra, lançado em 1993. Gravado nos últimos anos da carreira de Sinatra, o álbum consiste em duetos virtuais entre Sinatra e outros cantores de vários gêneros musicais. O álbum foi um grande sucesso comercial, estreando em segundo lugar na Billboard 200 e atingindo a quinta colocação no Reino Unido, sendo que vendeu 3 milhões de cópias somente nos Estados Unidos. É o único álbum pelo qual Sinatra recebeu certificação de platina tripla.[1] O álbum recebeu críticas mistas,[2] com argumentações de que inibiu o estilo específico de Sinatra de uma performance isolado, uma vez que os artistas jamais se encontraram pessoalmente para os duetos, fazendo com que faltasse a colaboração e a espontaneidade entre eles nas gravações. Os críticos assinalaram ainda que, por conta disto, os artistas convidados simplesmente complementaram a gravação de Sinatra nas faixas.[3] A arte da capa é uma pintura de Sinatra por LeRoy Neiman.[4] Duets II, a sequência, foi lançada no ano seguinte. Ambos os álbuns foram relançados juntos em uma edição comemorativa dos 90 anos do cantor, comercializada como 90th Birthday Limited Collector's Edition a partir de 2005. A versão internacional contém o dueto com Luciano Pavarotti da canção "My Way". ProduçãoEm 1992, Sinatra recebeu a proposta de trabalhar em um álbum de duetos. Phil Ramone, Eliot Weisman e Don Rubin foram os responsáveis por acertar os detalhes do projeto. Sinatra somente sugeriu a participação de Ella Fitzgerald, ideia que foi descartada devido ao estado de saúde da cantora à época. Outros artistas, mais jovens do que Sinatra, foram incluídos como possíveis parceiros de dueto. Sinatra determinou claramente que não queria a presença dos demais artistas em estúdio quando ele estivesse gravando sua parte nas faixas.[5] O projeto foi impulsionado por Charles Koppelman, CEO da EMI Records. A orquestra que acompanha as faixas foi organizada nos estúdios da Capitol Records, em Los Angeles, onde Sinatra havia produzido vários de seus álbuns. À princípio, o cantor gravaria sua voz na cabine, mas o próprio não aprovou a ideia de gravar isolado da orquestra (como já estava habituado) e o esquema de produção foi totalmente modificado, com Sinatra gravando juntamente com os demais músicos em estúdio.[5] Os vários artistas convidados participaram remotamente, suas gravações foram enviadas à Capitol por rede telefônica RDIS, conectada por meio de um sistema de som digital. Bono e Aretha Franklin manifestaram o desejo de gravar pessoalmente com Sinatra, o que foi descartado pela produção. Bono gravou sua parte da canção "I've Got You Under My Skin" no STS Studios, em Dublin.[5] Aretha Franklin gravou sua parte na canção "What Now My Love" em Detroit e posteriormente enviou uma mensagem a Sinatra "agradecida pela oportunidade".[5] LegadoUm dos objetivos de Ramone era de que o público mais jovem tivesse acesso ao universo musical de Frank Sinatra.[5] Apesar do álbum ter sido promovido como "A Gravação da Década", seu processo de gravação não agradou a grande parte do público.[6] As críticas à preferência de Sinatra por gravar isoladamente levaram Tonny Bennett a seguir o caminho contrário na produção de seus álbuns Duets: An American Classic e Duets II, anos depois.[7] FaixasReferências
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