Dongye
Dongye (AFI: [toŋ.je]), que significa Ye Oriental, foi uma chefatura coreana que ocupou partes do nordeste da Península Coreana, aproximadamente do séc. III a.C. até o início do séc. V. Dongye tinha fronteiras com Goguryeo e Okjeo ao norte, com a Confederação Jinhan ao sul e com a Comenda de Lelang ao leste. Atualmente, o território de Dongye corresponde às províncias de Hamgyong Sul e Kangwon-do da atual Coreia do Norte e Gangwon-do da atual Coreia do Sul. HistóriaDongye aparece na história como um estado vassalo de Goguryeo. No início do séc. V, porém, o Rei Guangaeto, o Grande anexou Dongye, fazendo com que Goguryeo dominasse a porção norte da Península Coreana e uma parte significativa da Manchúria. Uma pequena parte de Dongye ao sul foi absorvida por Silla. Povo e culturaOs Dongye se consideravam o mesmo povo que os Goguryeo e compartilhavam das mesmas origens linguísticas e étnicas dos povos de Okjeo e de Goguryeo. Isto também pode indicar que Dongye possuía uma origem em comum com o Reino de Buyeo e com Gojoseon. A população foi registrada como consistindo de 280 mil famílias. Pouca informação sobre Dongye resistiu ao tempo; a maioria do conhecimento atual vem da discussão sobre os Bárbaros Orientais da obra chinesa San Guo Zhi (Registros dos Três Reinos). O costume de "Mucheon" (무천, 舞天), um festival de culto ao céu por meio de música e dança no décimo mês é mencionado em alguns registros. Tal costume parece ter sido fortemente relacionado a um festival de Goguryeo, o Dongmaeng, que ocorria no mesmo mês, e que também tinha exibições marciais. O povo cultuava o tigre como uma deidade. A economia de Dongye era baseada primariamente em agricultura, incluindo sericultura e cultivo de cânhamo.[1] O festival Mucheon tinha como objetivo assegurar uma boa colheita no ano seguinte. Sua agricultura parece ter sido bem organizada no nível da vila. A lei de Dongye estabeleceu severas penalidades para aqueles que invadiam terras comunais.
Ver tambémNotas
Bibliografia
|