Domingos Quirino de Souza
Domingos Quirino de Souza (Estância, 2 de fevereiro de 1765 - Goiás, 12 de agosto de 1854) foi um prelado brasileiro da Igreja Católica, bispo de Goiás. BiografiaNascido em Estância, então pertencente à freguesia de Santa Luzia do Itanhi, era filho de João Quirino de Souza e Vitória Gonçalves Stella.[1] Entrou para o Seminário de Salvador e foi feito diácono em 30 de novembro de 1838 e foi ordenado padre em 8 de dezembro, por Dom Romualdo Antônio de Seixas.[1][2] Retornou para Estância e, após alguns anos na paróquia, tornou-se professor de latim na cidade. Teve entre seus alunos a Tobias Barreto.[3] Em uma excursão de Dom Pedro II do Brasil ao Nordeste Brasileiro, em janeiro de 1860, na qual o Imperador passou pela cidade de Estância, conheceu ao padre Domingos e, sensibilizado pelo seu trabalho, o Imperador lhe concedeu em março a Imperial Ordem de Cristo.[1][3] Ainda naquele ano, Dom Pedro II apresentou seu nome à Santa Sé como Bispo de Goiás, em 23 de abril.[1][3] Foi confirmado pelo Papa Pio IX em 18 de março de 1861 e foi consagrado em 1 de dezembro do mesmo ano, no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, pelas mãos de Dom Frei Mariano Falcinelli Antoniacci, O.S.B., internúncio apostólico no Brasil.[1][2] Tomou posse por procuração em 23 de fevereiro de 1862 e, em setembro deste ano, partiu para Goiás, onde chegou em fevereiro de 1863, quando fez sua entrada solene.[1] Foi apenas o segundo bispo a chegar à Sé.[4] Durante sua prelazia, combateu a briga pelo poder de alguns padres e deu diretrizes religiosas, compiladas em uma carta pastoral.[3] Com apenas 7 meses de episcopado, faleceu no exercício da função em 12 de setembro de 1863, devido a uma gastrite.[1][2][4] Provavelmente sua doença piorou por conta da chegada conturbada de sua família vinda do Sergipe, quando duas de suas irmãs e sua mãe ficaram loucas, durante a viagem a Goiás.[1][4] Em vida, recebeu ainda a comenda da Imperial Ordem da Rosa e foi conselheiro do Imperador.[1][4] Referências
Ligações externas
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