Dolores Huerta
Dolores Clara Fernández Huerta (Dawson, 10 de abril de 1930) é uma ativista pelos direitos civis e ex-líder sindical norte-americana, cofundadora da Associação Nacional de Camponeses, que mais tarde se juntou ao Sindicato Geral de Camponeses (United Farm Workers). Huerta recebeu inúmeros prêmios por seu serviço comunitário e por sua defesa dos direitos dos trabalhadores, dos imigrantes e das mulheres, incluindo o Prêmio de Excelência Eugene V. Debs, o Prêmio de Direitos Humanos Eleanor Roosevelt[1] e a Medalha Presidencial da Liberdade. Uma inspiração para a comunidade latina dos Estados Unidos, Dolores Huerta é tema de muitos murais. Primeiros anosNascida no dia 10 de abril de 1930, em Dawson, Novo México, Dolores é filha de Juan Fernández — um mineiro e camponês — e Alicia Chávez. Ela foi a segunda criança e a única filha do casal, que se divorciou quando a menina tinha três anos de idade. Alicia criou Dolores e seus dois irmãos, na região central da Califórnia, na comunidade rural de Stockton. Em uma entrevista Dolores Huerta declarou: "A principal pessoa na minha vida foi a minha mãe. Ela era uma mulher inteligente e muito gentil". O ativismo comunitário de Huerta começou quando ela era estudante na Stockton High School. Foi ativa em vários clubes de escola e uma dedicada girl scout até os 18 anos. Em seguida, frequentou o Stockton College da Universidade do Pacífico (que mais tarde se tornou o San Joaquin Delta Community College), onde se formou em pedagogia.[2] Depois de lecionar gramática, Huerta decidiu dedicar-se profissionalmente ao ativismo:
Trajetória de ativistaEm 1955, Dolores Huerta começou oficialmente a sua carreira como ativista, ajudando Frank Ross a iniciar e fundar o Capítulo de Stockton da Organização de Serviços Comunitários, que lutava por melhorias econômicas para os latinos.[3] Em 1960, foi cofundadora da Associação dos Trabalhadores Agrícolas que pressionou os governos locais para melhorias em bairros agrícolas.[4][5] Em 1962, ela cofundou a Associação Nacional dos Camponeses com César Chávez, que mais tarde se tornaria a Comissão Organizadora da União dos Trabalhadores do Campo. Mais tarde participou da Union Farm Workers. Em 5 de junho de 1968, Huerta ficou ao lado de Robert F. Kennedy, em Los Angeles, quando ele discursou sobre sua vitória eleitoral. Momentos após o fim do discurso, houve um tiroteio no local, e cinco pessoas foram baleadas, inclusive Kennedy, que morreu em decorrência dos ferimentos, em 6 de junho. Huerta é presidenta da Fundação Dolores Huerta, que ela fundou em 2002.[6] A Dolores Huerta é uma organização 501(c)(3) "para o benefício da organização popular da comunidade, atraindo e desenvolvendo líderes naturais.[7] HomenagensEm 1997, Dolores Huerta foi apontada como uma das três mulheres mais importantes do ano, pela revista Ms..[8] Em 1998, ela recebeu, do Presidente Bill Clinton, o Prêmio Eleanor Roosevelt de Direitos Humanos. No mesmo ano, Ladies' Home Journal reconheceu-a como uma das 100 Mulheres Mais Importantes do Século XX. Em 29 de maio de 2012, ela recebeu, do Presidente Barack Obama, a Medalha Presidencial da Liberdade.[9] FilmografiaDolores Huerta é um dos temas do filme de Sylvia Morales, A Crushing Love (2009), continuação de Chicana (1979).[10][11] Ela também foi representada pela atriz e ativista Rosario Dawson, no filme Cesar Chavez (2014), de Diego Luna.[12] Sua trajetória de lutas como líder sindicalista e ativista pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores rurais chicanos é tema do documentário Dolores, de 2017.[13] Referências
Ligações externas
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