Após a Guerra do Kosovo e a queda do regime Slobodan Milošević, as relações entre Montenegro e Sérvia pioraram, surgindo as primeiras movimentações no sentido da separação.[2] Sob a pressão da União Europeia (EU), Belgrado e Podgorica constituíram em 2003, a federação Sérvia e Montenegro, uma união mais frouxa do que a federação anterior. Em fevereiro de 2005, Sérvia e Montenegro iniciaram o processo de separação pacífica que culminou no referendo de 21 de Maio, cujos resultados de 55,5% a favor da separação ultrapassaram em meio ponto os 55% fixados pela UE. A União Europeia insistira neste limite para que o resultado fosse aceito e exortou os dois países a realizarem um "divórcio de veludo", numa referência à dissolução da Tchecoslováquia.[3] A questão da independência dividiu profundamente o país: políticos sérvios, líderes da Igreja Ortodoxa e as minorias sérvias em Montenegro se opuseram à separação, mas grande parte dos montenegrinos e albaneses foram favoráveis à independência. A independência de Montenegro significou o desmantelamento definitivo da Iugoslávia.[1]
Montenegro tornou-se no dia 28 de junho de 2006 o 192.º país-membro da ONU (Organização das Nações Unidas), menos de um mês depois de ter proclamado sua independência.