Deserto de Revelação
Deserto de Revelação é o décimo oitavo álbum de estúdio da banda brasileira Diante do Trono, gravado em junho de 2017 e lançado em novembro do mesmo ano, com distribuição da gravadora Onimusic.[1] O álbum é composto por 13 faixas e traz as principais composições de Ana Paula Valadão desde o álbum Tetelestai, a última gravação da série Diante do Trono, de 2014. Notadamente pop rock, com produção musical de com produção musical de Vinícius Bruno e Tiago Gaúcho, e captação e produção também de Vinicius Bruno, além de Shani Ferguson, Alan Locks, o álbum teve participações especiais de Asaph Borba, Fred Arrais e Flávia Arrais além dos backing vocals Marine Friesen e Israel Salazar.[2] As imagens do projeto foram gravadas ao vivo em Amã, Fuhers, Gérasa, Petra e Uádi Rum, na Jordânia, e no Mar da Galileia, em Israel, com direção visual de Alex Passos.[3] Este foi o primeiro álbum do DT sem lançamento no formato DVD, tendo todas as canções do álbum lançadas em vídeos no canal oficial do Diante do Trono no YouTube, fazendo com que o projeto fosse considerado o primeiro álbum visual do grupo.[4] AntecedentesEm julho de 2013, o Ministério de Louvor Diante do Trono gravou o seu décimo sexto álbum da série Diante do Trono no Sertão nordestino, intitulado Tu Reinas. Àquela época, o DT tinha um contrato com a gravadora Som Livre e, por motivos nunca divulgados por ambas as partes, o grupo e a gravadora decidiram não lançar aquele álbum no mesmo ano, e o Diante do Trono lançou-o de forma independente um ano depois, em setembro de 2014, após o fim do contrato com a gravadora.[5] Em 2014, o Diante do Trono gravou o seu primeiro álbum fora do Brasil, intitulado Tetelestai, gravado em Israel. Por conta do atraso no lançamento do álbum Tu Reinas, atrasou-se também em um ano o lançamento de Tetelestai, sendo este último lançado em junho de 2015.[6] Com isso, o ano de 2015 foi o primeiro na história do Diante do Trono a não ter uma gravação ao vivo de álbum da série de álbuns principais do grupo.[carece de fontes] Em 2015, durante o congresso anual do Diante do Trono realizado durante a Semana Santa na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, Ana Paula Valadão anunciou que a próxima gravação do ao vivo do DT ocorreria no ano seguinte, em 2016, durante uma nova caravana do grupo que seria realizada na Jordânia e em Israel.[7] Foi anunciado pelo grupo que tinham o desejo de realizar um grande evento para esta nova gravação, com participação de orquestra, coral e dança. Posteriormente, o Diante do Trono anunciou em seu site oficial que a gravação seria adiada em um ano, para 2017, justamente para que o grupo e os caravanistas interessados tivessem mais tempo para se preparar, inclusive financeiramente, para a realização desta gravação.[8][9] No período de pré-produção do álbum, Gustavo Bessa, diretor executivo do Diante do Trono e esposo de Ana Paula Valadão, mudou-se junto com a família para Dallas, nos Estados Unidos para finalizar seu doutorado.[10] Neste período, entre 2014 e 2017, Ana Paula Valadão compôs as letras e melodias das faixas do novo álbum. Durante o período de lançamento, ela disse que este foi o seu álbum mais autoral, por retratar suas orações cantadas a Deus.[11] Conceito e produçãoO álbum Deserto de Revelação tornou-se um marco nos 20 anos de história do Diante do Trono, não apenas por ser mais uma gravação internacional, mas também por considera-se como uma resposta a chamamento para ir ao encontro do Oriente Médio, inclusive, com visitas aos refugiados na Jordânia. Ana Paula Valadão declarou que a gravação foi relevante por dois motivos, por causa da crise dos refugiados árabes, que afeta todo o mundo, e porque a Jordânia é Terra Bíblica, pois os pais da fé judaica e cristã peregrinaram naquele deserto e atravessaram o rio Jordão para entrar na Terra Prometida. Foram gravados clipes e cultos com a presença da caravana que viajou com o Diante do Trono, os momentos foram captados na Jordânia (Amã, Gérasa, Petra e Uádi Rum) e em Israel (Mar da Galileia).[12] E ainda, a visita aos refugiados em Fuheis e Mafraq, em que os caravanistas e a Missão DT enviou doações por meio do que foi chamado “Cestas de Misericórdia”, com itens essenciais para o dia-a-dia deles,[13] como relata Ana Paula Valadão:
As canções de Deserto de Revelação são o resultado de experiências vividas com Deus por Ana Paula Valadão ao longo de três anos, ela disse que quando ouvia as canções gravadas podia sentir a dor e a cura que cada uma delas representava para ela, e tinha a certeza que por isso elas poderiam abençoar muitas pessoas.[14] Ao falar sobre a mensagem do álbum, Ana relembra a história do povo de Israel que saiu do Egito, onde por 2 anos, passaram por um processo de desintoxicação de quando eram escravos. Receberam novas leis, uma cultura de liberdade e de uma vida de adoração a Deus. E somente depois visualizaram a Terra Prometida, mas, a geração incrédula andou por 38 anos no deserto até que todos morressem. Somente jovens e crianças que saíram do Egito, Josué e Calebe entraram.
Estilo musical e influênciasDeserto de Revelação é um álbum pop rock de música cristã contemporânea. Consolida uma forte mudança sonora no Ministério de Louvor Diante do Trono evidenciado principalmente na segunda década do grupo. Com a mudança de residência de Ana Paula Valadão para os Estados Unidos, as composições e solos evidenciam o caráter mais solo da vocalista e menos no sentido de grupo. É notória a influência de trabalhos da música cristã contemporânea norte-americana, como Gateway Worship e Jesus Culture, ao propor um estilo de louvor congregacional profundamente influenciada pela sonoridade rock e pop dos Estados Unidos. Recepção do públicoO álbum, não agradou tanto o público quanto aos álbuns anteriores, um dos motivos foi a desconfiança de ser um CD gravado em estúdio, e não escutar-se a voz dos backing vocal's do grupo (como se fosse um CD solo de Ana Paula Valadão), fazendo assim a pior vendagem e aceitação do público, mas mesmo assim tiveram poucos hits como "Águas do Jordão", "É Suficiente" e "Seja Para Mim". Além disso, muitos desaprovaram a nova técnica vocal de Ana Paula. Recepção da críticaO álbum Deserto de Revelação recebeu uma recepção mista por parte da crítica especializada em música gospel.
O site Super Gospel atribuiu 3 de 5 estrelas e afirmou que o álbum Deserto de Revelação foi um álbum mais seguro do que os dois anteriores do Diante do Trono, Tu Reinas e Tetelestai, de 2014 e 2015, respectivamente, sendo então o melhor álbum do DT desde Creio, de 2012. Esta segurança, segundo o crítico, está diretamente relacionada a Ana Paula Valadão, pois com o projeto, a cantora confirma sem reservas que o Diante do Trono é a sua única via artística e a intérprete, além da comum função de compositora, ganha maior espaço como solista. O site ressalta que a força vocal de Ana Paula não corresponde ao vigor dos anos áureos, mas suas performances são corretas e esforçadas, tanto em baladas como "Sobre as Águas", quanto aos momentos dramáticos de "É Suficiente", que sugerem o clamor pela provisão divina em meio aos sofrimentos terrenos. O álbum também seria superior aos anteriores na concepção de repertório e ritmo narrativo, sem a pressão de oferecer regravações, a obra manteria um equilíbrio entre as músicas temáticas e as canções mais introspectivas, em que a autoria e vida da vocalista se fazem de forma mais intensa.[16] Já o site JC Online afirmou que Deserto de Revelação demora um pouco para cativar, sendo "Águas do Jordão" a primeira faixa que levemente empolga, ganhando mais força no espontâneo de "Josué 1", mas que "Amor Que Me Abraça" torna-se a primeira grande surpresa do álbum, trazendo um refrão forte e emocionante. O crítico ressaltou também positivamente as faixas "Seja Pra Mim", "A Terra Inteira", "Pai Nosso" e "Rio de Lágrimas".[17] Faixas
Ficha técnicaBanda
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